Política

Denarium determina apuração de responsabilidade de servidores

Medida deverá investigar quem são os possíveis responsáveis diante das reclamações dos usuários do sistema de saúde

Após o Conselho Regional de Medicina constatar que pacientes cirúrgicos do Hospital Geral de Roraima (HGR) correm grave risco de infecção hospitalar, além de outras irregularidades na saúde estadual, uma reunião de urgência foi convocada para discutir o índice de insatisfação dos usuários. Na ocasião foi determinada a criação de uma sindicância para apurar a responsabilidade dos possíveis servidores responsáveis pela baixa qualidade do atendimento.

A decisão foi tomada durante a reunião realizada nesta quarta-feira, 29, que contou com a participação do governador Antonio Denarium (PSL) junto ao secretário adjunto da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) e da comissão estratégica de saúde. O titular da pasta, coronel Élcio Franco, não compareceu devido a uma agenda fora do Estado. Na ocasião, o governador determinou abertura de sindicância para apurar a responsabilidade diante das reclamações dos usuários do sistema de saúde.

Conforme nota encaminhada pela Secretaria de Comunicação do Governo do Estado (Secom), durante a reunião, o governador lembrou que todos os servidores e secretários estão recebendo salários em dia e devem fazer o melhor na hora que prestar atendimento à população.

“Na oportunidade, Denarium deixou claro que a gestão de governo não admite que pacientes sejam mal atendidos e pediu que a população ajude a governar, fazendo denúncias, fiscalizando e monitorando”, informou a Secom.

CALAMIDADE PÚBLICA – Durante a reunião, o governador também cobrou agilidade nos processos de compra de insumos e medicamentos para as unidades de saúde do Estado. A medida faz alusão à prorrogação do estado de calamidade pública na saúde estadual, divulgada no Diário Oficial do Estado referente à segunda-feira, 27.

Na época em que o estado de calamidade pública na saúde estadual foi decretado pelo Governo do Estado, em 24 de fevereiro deste ano, a justificativa dada pelo poder executivo era a necessidade de aquisição de medicamentos de forma emergencial e de leitos de retaguarda para atender os pacientes em razão da proximidade do feriado de Carnaval e dos conflitos nas comunidades indígenas da Venezuela, onde grande parte dos feridos era transportada para as unidades de saúde do Estado. 

Desta vez, o Governo do Estado justificou a prorrogação por conta do impacto do fluxo migratório em Roraima e “à necessidade em dar continuidade e manutenção dos serviços essenciais e indispensáveis destinados aos usuários dos serviços de saúde e prestados à população de Roraima, bem como das despesas de programas e serviços públicos de duração continuada”, ressaltando que “a medida não contempla mais recursos para a saúde”. (P.C.)