Deputado cobra do Governo a implantação do curso na Uerr

O presidente da comissão de Educação da Assembleia Legislativa do Estado de Roraima (ALE-RR), deputado Joaquim Ruiz (PTN), destacou, durante participação no programa Agenda da Semana, na Rádio Folha AM 1020, na manhã deste domingo, dia 16, a preocupação quanto à continuidade do processo de implantação do curso de Medicina na Uerr (Universidade Estadual de Roraima) em razão da morosidade na condução das demais fases, uma vez que no mês de dezembro já estava prevista a realização do vestibular para o ingresso dos primeiros acadêmicos.
O parlamentar, que é o autor da indicação direcionada ao Executivo Estadual, em agosto de 2011, para que a Uerr procedesse a implantação do curso, relatou que insistentemente durante o mandato dele, esta foi uma das suas principais propostas defendidas no legislativo por entender as dificuldades que os gestores municipais passam em relação à contratação de médicos para atenderem a população, dificultando ainda mais quando se tratam de especialidades nas áreas de cardiologia, ginecologia e ortopedia.
“Quando fui gestor municipal, passei por inúmeros problemas relacionados à área de Saúde na contratação de especialistas para atuarem no Município de Iracema e, desde então, passei a defender a implantação de um curso de Medicina que possibilitasse o ingresso de alunos em grande parte dos municípios que integram o Estado de Roraima, e assim resolver, em definitivo, este problema”, relatou.
Ruiz afirmou que este problema não está relacionado apenas ao Interior e apresentou dados do Hospital Coronel Mota, que atende a população com diversas especialidades clínicas, afirmando que existem casos de pessoas que demoram de três a quatro meses para serem atendidas em razão da falta de médicos.
Outra vantagem apresentada pelo autor do projeto é que com a regionalização do vestibular a ser oferecido pela Uerr, eliminar-se-ia o problema de concorrentes de outros estados, após ingressarem e concluírem a formação acadêmica, que regressam para a localidade de origem, conforme dados da própria Comissão Permanente de Vestibular (CPV) da UFRR (Universidade Federal de Roraima), que com relação ao último vestibular ofertado pela instituição, das 1.109 vagas, 573 foram ocupadas por acadêmicos que prestaram o vestibular do Centro-Sul do País.
“Este dado coletado junto à UFRR foi um dos itens que serviu de embasamento para sensibilizar o Governo quanto à importância da efetivação de um curso de Medicina, privilegiando os alunos do Interior, conforme consta no nosso projeto, além de sintetizar o grande êxodo acadêmico, proporcionado por alunos que ingressam pelo Exame Nacional do Ensino Médio [Enem], com o qual sou totalmente contra, e em algumas palestras que faço e coloco meu posicionamento quanto a esta questão. Já recebi inúmeras vaias, mas, infelizmente, convivemos com esta realidade”, declarou.
PRÓXIMO GOVERNO – Ao finalizar a entrevista, o parlamentar destacou que com relação ao próximo governo, que assumirá no início de 2015, disse acreditar que a governadora eleita Suely Campos (PP), pela sensibilidade que tem pelo setor educacional, dará encaminhamento a este projeto pela grande abrangência em todo o Estado, beneficiando os alunos que terminam o ensino médio com condições favoráveis de ingressar no ensino universitário.