
O deputado federal Defensor Stélio Dener (Republicanos-RR) usou a tribuna da Câmara dos Deputados, na tarde desta terça-feira (19), para criticar o Governo Lula por autorizar o contrato de importação de energia elétrica da Venezuela para Roraima.
O parlamentar lembrou que, no sábado (15), dia seguinte ao início do fornecimento de energia desse novo contrato, houve um apagão que comprometeu o fornecimento de energia em 65% da capacidade de Roraima.
Segundo a concessionária de energia local, o problema ocorreu na linha de transmissão entre Santa Elena, na Venezuela, e Boa Vista, o que provocou um efeito cascata em toda rede, prejudicando, inclusive, a Usina Termelétrica Jaguatirica II. Especialistas divergiram e apontaram que o problema ocorreu por sobrefrequência dentro da Venezuela.
“Teve locais, no sábado, que o apagão durou mais de uma hora. É inadmissível que isso ocorra nos dias de hoje. Os roraimenses não aguentam mais essa insegurança com a energia elétrica e agora mais essa do Governo importando energia, como solução para suprir uma demanda emergencial em nosso Estado”, ressaltou Stélio Dener.
O deputado lembrou que, no primeiro contrato, no auge da crise, houve mais de 200 apagões em Roraima entre 2015 e 2019, o que culminou na ruptura do contrato vigente. “A Venezuela vive em crise há anos e continua com suas deficiências. O País, aliás, deve ao Brasil mais de R$ 12,5 bilhões em contratos diversos e empréstimos para obras de infraestrutura naquele País”, disse o parlamentar.
Stélio Dener afirmou ainda que, independentemente da empresa que estiver à frente desse fornecimento e a participação também da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que nem empresas e a agência reguladora irão ter condições de gerir qualquer deficiência ou erro na energia fornecida dentro da Venezuela. “Não há segurança que garanta, que durante o período de contrato, que essa energia elétrica será de qualidade e que não haverá interrupções”, alertou o deputado.