A oposição ao Governo Lula articula protocolar até a próxima semana, no Senado, o pedido de impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso. No 59º Congresso da UNE (União Nacional dos Estudantes), o magistrado disse que “nós derrotamos o bolsonarismo para permitir a democracia e a manifestação livre de todas as pessoas”.
Até o momento, o deputado federal Nicoletti (União Brasil), aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro, foi o único da bancada de Roraima a anunciar publicamente que vai assinar o pedido de impeachment, que já possui 66 assinaturas.
Para ele, “é absolutamente inaceitável” a declaração de Barroso, a quem acusa de ser parcial e de praticar “falta de decoro no exercício de suas funções” no STF.
À Folha, o parlamentar explicou que o documento está em fase de elaboração. “Acredito que, na segunda-feira, já possamos – eu e os demais deputados – assinar para protocolar no Senado”, disse.
Barroso se explicou
Após a repercussão negativa da fala, o ministro do STF divulgou uma nota em que explicou ter se referido “ao extremismo golpista e violento que se manifestou no 8 de janeiro e que corresponde a uma minoria”.
Barroso disse que jamais quis ofender os mais de 58 milhões de eleitores de Bolsonaro no pleito passado, a quem diz ter “o maior respeito”, e que não queria “criticar uma visão de mundo conservadora e democrática, que é perfeitamente legítima”.