Política

Deputados discutem Roraima como 2° no ranking do suicídio

Na sessão plenária da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE/RR) dessa terça-feira, 10, que também é o dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, conhecido como dia D do mês temático Setembro Amarelo, os deputados estaduais discutiram políticas públicas para enfrentamento do alto índice de casos em Roraima que atualmente ocupa o 2° lugar no ranking nacional de ocorrências desta natureza.

A deputada Catarina Guerra iniciou uma fala a respeito da preocupação que os parlamentares precisam ter com a questão que se tornou epidêmica no país, além de sustentar o argumento de que o Estado precisa intervir para que se tenha redução no número de mortes. “A gente tem falado desse assunto desde abril, desde que a temática veio à tona. Veio a mim e muito me assustou pelo estado estar ocupando esse ranking. Estamos mencionados sempre entre os cinco primeiros, somos o segundo estado com maior taxa de suicídio. Eu não quero chegar ao 1° lugar no ranking e quero sair dessa zona dos cinco. Estamos com maior incidência. Eu quero contribuir para a gente ter êxito”, declarou.

Conforme Catarina, as ações precisam ser efetivas o ano inteiro, quebrando os tabus acerca do assunto, visto como delicado e às vezes intocável. “Precisamos abordar esse assunto sim, com cautela, com carinho, com palavras simples, acolhendo, prevenir, valorizar a vida. Nós estamos perdendo certos valores por conta do dia a dia, do mundo virtual. Não há um diagnóstico, algo concreto que vá dizer que o caminho das pessoas vai ser a depressão e o suicídio”, explicou.

Audiências públicas já foram realizadas por um grupo de deputados. “Eu trabalho na política de ouvir as pessoas. A problemática está na faixa etária de 15 a 29 anos, por isso fomos para as escolas levar rodas de conversas, diálogos, surgiu a cartilha com muito carinho, cuidado, respeito, dados coerentes para ajudar tanto quem está passando por depressão como para ajudar quem está próximo. Essa cartilha está sendo um exemplo e já foi reproduzida em Santa Catarina, em Minas Gerais, Distrito Federal e o Pará contactou essa semana, então são exemplos nossos, praticados aqui, no Norte do país”, ressaltou a deputada.  

Por fim, a parlamentar reforçou que está articulando a votação de um projeto para que o governo ofereça uma capacitação de gerenciamento para o público que lida com jovens, alunos, professores, assistentes de aluno e profissionais de saúde. “Porque após o cometimento de um suicídio, adoece quem fica. Se as pessoas são capacitadas para detectar os sintomas, poderão intervir. Pensando nisso, estamos com o Projeto de Lei em tramitação para que o governo possa dar suporte para profissionais da área de educação e saúde, encaminhando para um profissional adequado para oferecer tratamento”, destacou. (J.B)