Política

Deputados repercutem composição da CPI da Saúde

Parlamentares criticaram a ideia de que as atividades da comissão seriam motivo de suspeita

Em sessão ordinária de quarta-feira, 04, os deputados estaduais repercutiram a composição da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga supostas irregularidades na saúde estadual. Na ocasião os parlamentares criticaram a ideia de que as atividades da Comissão seriam motivo de suspeita.

O assunto em questão trata de matéria divulgada pela Folha na terça-feira, 03, repercutindo as declarações feitas pela deputada Betânia Almeida (PV) em sua rede social anunciando a sua saída da Comissão e dizendo “não a CPI da farsa”.

O deputado Jeferson Alves (PTB) se posicionou contrário à declaração da parlamentar e afirmou que confia no trabalho desenvolvido pelos companheiros. “Isso [a saúde estadual] vai ser investigado, processo a processo e apurado todas as denúncias. E que culpem os culpados e absolva àqueles que não tem culpa”, afirmou.

Embora tenha divulgado em seu perfil pessoal nas redes sociais, a parlamentar afirmou em plenário que foi mal-interpretada. “Jamais falei que a CPI e, quero deixar registrado aqui, era uma farsa. O que eu falei é que eu retirei meu nome da CPI por não querer fazer parte e é um direito meu”, declarou.

O deputado Coronel Chagas (PRTB), atual presidente da CPI, acrescentou explicações sobre não ter assinado o requerimento de criação da Comissão, quando foi apresentado pelo deputado Renato Silva (Republicanos).

Segundo Chagas, o motivo de não ter assinado foi em razão de ter proposto uma CPI no passado e sido escolhido para a presidência da mesma. “Diziam os críticos que eu não podia. Embora eu discorde, por precaução e por ter a intenção, eu resolvi não assinar”, acrescentou.

Por fim o parlamentar frisou, conforme a votação dos sete membros, que as atividades da Comissão vão ocorrer de forma colegiada. “Vamos atuar com seriedade e vamos apurar com isenção e imparcialidade, sem paixões, as irregularidades que foram apontadas na saúde do nosso Estado. O nosso povo precisa que todos os recursos destinados cheguem até o cidadão”, finalizou.

O deputado Renato Silva acrescentou que na época do recolhimento das assinaturas os deputados Coronel Chagas e Dhiego Coelho (PTC) afirmaram que não iriam assinar porque acreditavam que isso dificultaria na candidatura à presidência da CPI. “Os outros quatro que não assinaram não estavam presentes. Mas acredito que todos os parlamentares são a favor. Cada um tem sua forma de trabalhar. Isso não quer dizer que o outro se importa menos”.

O presidente da Casa, Jalser Renier (SD) finalizou o debate declarando que os deputados não podem se digladiar sob nenhuma maneira e que o objetivo do parlamento é defender os interesses da população. “Entendo que as questões pontuais de posições divergentes não devem ser colocadas à baila ou ao conhecimento da opinião pública. Isso acaba denegrindo a estrutura da Assembleia Legislativa e coloca um ponto de interrogação na cabeça dos nossos eleitores”, avaliou. (P.C.)