A Controladoria-Geral da União venezuelana, ligada ao regime ditatorial de Nicolás Maduro anunciou nesta sexta-feira (30), a inelegibilidade da ex-deputada Marina Corina Machado por 15 anos. A política de 55 anos é apontada como favorita a vencer as eleições primárias da oposição no País vizinho. A informação é do canal colombiano de notícias NTN24.
Ao declará-la inabilitada para ocupar qualquer cargo público, o órgão citou supostos atos, omissões e irregularidades administrativas praticadas por Corina. “Foram apurados erros (superestimações e subestimações) e omissões nas declarações de bens”, disse a CGU.
O pedido de inabilitação foi apresentado pelo deputado venezuelano José Brito, conhecido no País vizinho como “Alacrán” – escorpião -, por ter se entregado ao chavismo para anular a oposição.
No Twitter, Corina afirmou que a inabilitação, que equivale à inelegibilidade no Brasil, é “inútil” e demonstra que o regime madurista “sabe que já está derrotado”. “Agora votaremos com mais força, mais rebeldia e mais vontade nas primárias. Aqui quem habilita é o povo da Venezuela”, escreveu.
A inabilitação repercutiu no meio político. O ex-autodeclarado presidente venezuelano Juan Guiadó disse que Maduro “assume o caminho da Nicarágua” e repudiou a decisão do órgão.