Na primeira eleição com a proibição de doações de empresas, os repasses de pessoas físicas não têm decolado na campanha à Prefeitura de Boa Vista. A eleição de 2016 é a primeira em que empresas estão proibidas de fazer doações para os candidatos. As campanhas só poderão contar com o financiamento de pessoas físicas
Com as novas regras para doações de campanha, os nove candidatos à Prefeitura de Boa Vista somam R$ 2,3 milhões, até o momento, em recursos recebidos e R$ 1,5 milhão em despesas.
O eleitorado na capital roraimense é de mais de 200 mil pessoas, mas apenas 19 contribuíram com os postulantes à sucessão municipal. Em Boa Vista, os candidatos a prefeito têm financiado suas campanhas com recursos dos partidos, com dinheiro do próprio bolso ou de amigos e familiares.
TERESA – Entre os nove candidatos, a única campanha milionária é a de Teresa (PMDB). A prefeita lidera no volume de recursos recebidos durante a campanha eleitoral deste ano. Ela recebeu R$ 1,282 milhão em doações. Ela declarou à Justiça Eleitoral que nenhuma das doações recebidas até o momento foi feita por pessoas físicas, apenas pelo diretório do seu partido, o PMDB, e do diretório do Partido Social Democrático (PSD).
No rol de despesas da campanha consta um total de R$ 1,016 milhão. O item individual de maior despesa foi o pagamento de R$ 255 mil para produção de programas de rádio, televisão ou vídeo.
SANDRO – O campeão em arrecadação de doação de pessoas físicas é Sandro Baré (PP), que arrecadou R$ 150 mil, sendo R$ 147 mil recebidos de cinco eleitores, entre eles o pai e o irmão, amigos e colaboradores. As despesas até o momento somaram R$ 85 mil. A maior conta, de R$ 42 mil, foi paga para combustíveis e lubrificantes, seguida, de perto, pelo pagamento da militância e mobilização de rua.
KALIL – O candidato Kalil arrecadou R$ 126 mil, sendo a maior parte doação dele mesmo feita à campanha e R$ 30 mil oriundos de contribuições de pessoas físicas. As despesas, até o momento, somaram R$ 77 mil com gastos com publicidade por materiais impressos e combustíveis e lubrificantes.
ABEL – O candidato Abel Galinha (DEM) foi o segundo que mais arrecadou, tendo conseguido mais de meio milhão de reais em doações, dos quais R$ 63 mil, ou seja, 12%, vieram de três pessoas que repassaram dinheiro diretamente à campanha. Entre os doadores estão o ex-secretário estadual de Justiça, Natanael Nascimento, que é candidato a vereador, que repassou R$ 7 mil. As despesas de campanha do candidato chegam ao montante de R$ 197 mil com produção de programas de rádio, televisão ou vídeo, combustíveis e lubrificantes e aluguel de veículos.
ALEX – O candidato Alex Ladislau arrecadou R$ 172 mil, sendo R$ 18 mil de pessoas físicas, da esposa e mais dois amigos. As despesas de campanha do candidato chegam ao montante de R$ 122 mil com combustíveis e lubrificantes, publicidade por materiais impressos e publicidade por adesivos.
RAMOS – O candidato Roberto Ramos, do PT, arrecadou mais de R$ 50 mil e recebeu doação de quatro pessoas físicas, totalizando 9 mil. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não disponibilizou despesas do candidato.
JEFERSON – O candidato Jeferson Alves, do PDT, arrecadou R$ 20 mil do Diretório Municipal e não teve despesas na campanha eleitoral, segundo informado pelo TSE .
OCA – O candidato Luis Oca, do PSOL, arrecadou R$ 8 mil nessa campanha, dos quais recebeu R$ 800 de dois amigos, de acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral. O candidato teve como gastos R$ 5 mil em publicidade por materiais impressos e produção de programas de rádio, televisão ou vídeo.
JUNQUEIRA – Apenas Márcio Junqueira (Pros) permanece com a candidatura a custo zero, sem despesas ou receitas registradas junto ao TSE.