A conscientização sobre doenças dermatológicas e a divulgação dos cuidados com a pele como forma de prevenção e diagnóstico precoce são estimuladas todo mês de maio por meio de uma legislação estadual específica. A lei de autoria da deputada Lenir Rodrigues (CIDADANIA), sancionada em dezembro de 2016, institui a “Semana Estadual de Conscientização sobre pessoas com doenças dermatológicas, na primeira semana do mês de maio”, no Calendário Oficial do Estado de Roraima.
A ideia, conforme a deputada, é potencializar a promoção de ações e iniciativas que tenham como foco os portadores das chamadas dermatoses, ou doenças de pele, além de conscientizar a sociedade sobre o uso do protetor solar. “Sentimos que é preciso esclarecer a população quanto às causas das respectivas doenças de pele, os tratamentos adequados e a necessidade de apoio familiar e comunitário aos pacientes, além de promover a integração dessas pessoas em todos os níveis sociais, e ainda realizar seminários, encontros e atividades afins, com vistas a troca de experiências e informações entre familiares, cuidadores e demais envolvidos com os pacientes”, comentou.
Essas ações de conscientização social, voltadas para alertar a necessidade sobre as doenças dermatológicas e os cuidados prestados aos doentes, precisam ser desenvolvidas pelo Poder Público estadual e municipal. “Sabemos que o sol em Roraima é muito forte, e nossa população precisa se acostumar a adotar medidas de prevenção à doença como uso de chapéus, sombrinhas e protetor solar. Para isso, é preciso educar, incentivar”, argumentou reforçando que prevenir ainda é o melhor remédio.
Em Roraima, entre as doenças de pele mais comuns estão o câncer de pele, lúpus e o melasma. A médica dermatologista, Vitória Gantur, afirma que é bem estabelecida a relação entre exposição solar e o surgimento de tumores cutâneos. “Em um estado com alto índice de radiação ultravioleta, faz-se ainda mais necessária a conscientização da população acerca do tema, pois o câncer de pele é o tipo de câncer mais comum”, comentou ao destacar que uma legislação específica sobre o tema representa um grande ganho a todos. “Pois quando diagnosticado precocemente, o câncer de pele tem altas taxas de cura”, complementou.
Lenir concluiu comentando que algumas pessoas portadoras de doenças de pele, como o vitiligo, sofrem preconceito, causado pela falta de conhecimento para a população em geral sobre esse tema. “Muitas pessoas portadoras de manchas cutâneas, com áreas despigmentadas como as causadas pelo vitiligo, sofrem preconceitos pela confusão com moléstias infectocontagiosas. Então, acho primordial que todos tenhamos mais informações sobre essas doenças”.