Política

Duas mortes teriam ocorrido na fronteira, diz embaixadora

Em uma rede social, Maria Tereza Belandria criticou a postura dos militares após conflito com indígenas da etnia Pemon

Em seu perfil oficial em uma rede social, Maria Tereza Belandria, nomeada embaixadora da Venezuela pelo presidente interino Juan Guaidó, denunciou que pelo menos duas pessoas teriam morrido nos confrontos registrados nesta sexta-feira, 22, na fronteira entre Brasil e Venezuela.  

Por meio de um vídeo gravado diretamente da Base Aérea de Boa Vista, Tereza lamentou a truculência com a qual os militares venezuelanos agiram contra indígenas da etnia Pemon. O confronto, segundo ela, resultou em duas mortes e mais de 15 feridos. Seis das vítimas estão internadas no Hospital Geral de Roraima (HGR), unidade situada na capital.

“É um ato absolutamente condenável por parte da Força Nacional de Segurança, do usurpador Nicolás Maduro, e da Guarda Nacional, contra uma comunidade indígena que clama unicamente pelo ingresso da ajuda humanitária e medicamentos”, disse.

Em uma rápida conversa com a equipe da FolhaWeb, a embaixadora informou que  ela e as autoridades brasileiras ainda estão definindo como ser dará o envio dos donativos até Pacaraima.  Alimentos e medicamentos chegaram nesta manhã a Base Aérea de Boa Vista (BABV) e devem ser transportados amanhã, 23, para a fronteira.

O clima na fronteira entre os dois países é considerado tenso, principalmente do lado venezuelano, que estão impedidos de atravessar para o lado brasileiro.  

Sobre os seis feridos transferidos para Boa Vista, cinco estão passando por procedimento cirúrgico e um está fora de perigo. A informação foi confirmada pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesau).