O líder do MDB no Senado, Eduardo Braga (AM), classificou como um “abuso” o fato de ter sido informado pela Polícia Federal no início da manhã sobre um depoimento que deveria prestar ao órgão.
A PF foi até a residência do senador, em Brasília, chamá-lo para prestar esclarecimentos em uma investigação da qual é alvo. O inquérito apura supostas doações de R$ 40 milhões feitas pelo grupo J&F a senadores do MDB para as eleições de 2014. A informação partiu da delação de Ricardo Saud, que serviu como base para a instauração do inquérito.
“Eu acho que, para que eu fosse notificado de um agendamento de oitiva, não precisava ser às 7 horas da manhã, podia ser a qualquer momento. Eu tenho local certo e conhecido, não só em Brasília, como no meu Estado”, disse o senador em entrevista no Senado. “Não sou daqueles que respondem de forma desequilibrada, mas creio que este é um dos abusos que nós precisamos evitar no Brasil.”
Os advogados, afirmou Braga, buscarão uma reparação na Justiça. A defesa, alegou, ainda não teve acesso à decisão judicial que autorizou o depoimento.
Pela manhã, o secretário-adjunto da Mesa Diretora do Senado, José Roberto Leite de Matos, assinou um documento certificando compromissos de Braga no Senado e citando uma regra do Código Penal determinando que senadores sejam ouvidos em data e local previamente agendadas pelo parlamentar e o juiz.
Com informações Estadão Conteúdo