Política

Em discurso no Senado, Ângela Portela homenageia Folha

Senadora parabenizou periódico por celebração de 35 anos de atuação em Roraima

A senadora Ângela Portela (PDT) discursou na tribuna do Senado ontem, fazendo uma homenagem aos 35 anos do jornal Folha de Boa Vista. “Neste momento tão crucial para a democracia brasileira, é importante saudarmos o trabalho daqueles que lutam diariamente em prol da liberdade de expressão e da informação correta e confiável. Por isso, gostaria de registrar nesta tribuna a celebração dos 35 anos da Folha de Boa Vista, o principal jornal do Estado que represento nesta Casa. Quero parabenizar o Grupo Folha de Comunicação”, disse.

Ângela recordou a trajetória do jornal, lembrando que ele começou a circular em 21 de outubro de 1983 e homenageou o diretor Getúlio Cruz. “Quero cumprimentar aqui a todos que contribuíram, ao longo destes 35 anos, para tornar a Folha de Boa Vista o maior diário de Roraima. Homenageio a todos na figura do diretor do jornal, o economista Getúlio Cruz. Nós roraimenses sabemos da importância do papel que exerce a Folha de Boa Vista no cenário da mídia de nosso Estado. Não é fácil fazer política quando os veículos de comunicação são dominados por grupos políticos”, frisou.

Ela falou que em Roraima, como em vários outros Estados do Brasil, o que costuma prevalecer na imprensa é a vontade dos donos do poder, que decidem a que informações os cidadãos terão acesso ou não e que a Folha é um baluarte da liberdade de expressão. “Isso só dá mais valor ao trabalho de Getúlio Cruz, de sua família e dos jornalistas que fazem diariamente a Folha de Boa Vista; que mantêm o site folhabv.com.br; e que põem no ar há 15 anos a Rádio Folha, que inclusive foi transformada recentemente de AM em FM”, comemorou.

Ângela recordou que não foi fácil consolidar a Folha de Boa Vista, pois no início o jornal era impresso em Manaus e circulava apenas três vezes por semana. A senadora destacou que graças ao esforço de Getúlio Cruz, ao assumir o controle do jornal, ele permaneceu em circulação todo esse tempo. “Hoje o jornal circula com diversos cadernos e seções muito queridas pelo leitor de Boa Vista, como a coluna da jornalista Shirley Rodrigues, o caderno B – de arte e cultura – e espaços dedicados à religião, ao turismo, aos concursos públicos e muitos outros assuntos importantes para a sociedade de Roraima e do Brasil”, reforçou.

A senadora disse que ao longo desses 35 anos a Folha de Boa Vista registrou episódios marcantes da história de Roraima, como o grande incêndio florestal de 1997; o controvertido processo de demarcação da Terra Indígena Raposa Serra do Sol; as sangrentas rebeliões nos presídios; e mais recentemente a crise migratória venezuelana.

“O trabalho da Folha encontra poucos paralelos na história da imprensa brasileira. São raras as iniciativas corajosas, como essa, que buscam exercer o jornalismo de forma crítica e independente. Cito como exemplo o extinto Correio da Manhã, criado por Edmundo Bittencourt, no Rio de Janeiro, no início do século passado, para combater a corrupção e os desmandos da República Velha. Getúlio Cruz se insere na gloriosa tradição de Edmundo Bittencourt e dos grandes brasileiros que são independentes e que prestam contas aos eleitores”, disse.

Por fim, a senadora encerrou seu discurso lembrando que nesta época em que o eleitor é inundado de notícias falsas pelas redes sociais, é importante salientar o valor da credibilidade dos veículos de comunicação tradicionais. “A confiança do público não se conquista da noite para o dia. É fruto de muito trabalho e de muita dedicação. Quem lê diariamente a Folha de Boa Vista sabe que a informação nela impressa está respaldada por 35 anos de tradição e de seriedade. Como diz o próprio slogan: a Folha é “um jornal necessário”. Por isso, eu quero saudar a passagem desses 35 anos e desejar longa vida, na pessoa do Dr. Getúlio Cruz”, concluiu.