Política

Em manhã tumultuada, ALE adia instalação de Comissão Processante

Quando os ânimos se acalmaram depois da confusão no hall de entrada da Assembleia Legislativa, deputados adiaram assunto mais polêmico

Depois da confusão generalizada antes da sessão de ontem, ficou para a próxima terça-feira, 29, a definição de quem serão os membros da Comissão Processante que analisará a representação formalizada pelo Ministério Público de Contas do Estado contra a governadora Suely Campos (PP) e a secretária-chefe da Casa Civil, Danielle Campos Araújo, por crime de responsabilidade.

Apesar de estar marcada para ontem, a instalação só poderá ser feita na próxima semana, atendendo a um pedido do líder do governo na Casa, deputado Brito Bezerra (PP). “Na semana passada, a Mesa Diretora formalizou documento pedindo que os líderes de bloco indicassem os nomes, mas arguiu o Regimento Interno da Casa. Porém, agora eles vão usar a Lei 1079/50, a Lei do Impeachment. Então, é necessário que nós sejamos provocados novamente, agora arguindo essa nova lei”, explicou.

O líder do G14, deputado George Melo (PSDC), afirmou que o grupo achou prudente conversar com o presidente da Casa e pedir que ele estendesse o prazo. “De forma serena, ele ouviu as lideranças de cada bloco”, disse.

“Vamos dar 48 horas para que o líder do governo tome conhecimento do ofício encaminhado aos líderes dos blocos parlamentares na semana passada. E na próxima terça-feira, sem falta, vamos instalar a comissão”, assegurou o presidente da Casa, deputado Jalser Renier (PSDC). O presidente justificou sua decisão de prorrogar o prazo de indicação – que terminou na segunda-feira – alegando que não quer ser taxado de “presidente que não deu prazo”.

Quanto a uma nova formação, Brito Bezerra não descartou a hipótese de mudanças nos nomes indicados. “Vai ter uma nova discussão entre o grupo, mas esses nomes podem prevalecer porque são bons nomes”, disse, referindo-se aos deputados Mecias de Jesus (PRB) e Aurelina Medeiros (PSDB), do G6; e Oleno Matos (PDT), do G3. Nomes anunciados pela Folha desde a semana passada. O líder do governo disse também que cada bloco indicará os seus parlamentares, mas que a chancela dos nomes é da liderança do governo. (V.V)