POLÍTICA

Entenda o contingenciamento de gastos feito pelo Governo Federal

Valor contingenciado neste ano, de R$ 1,5 bi é inferior aos bloqueios do ano passado, que chegaram a R$ 15,3 bi.

Palácio do Planalto, sede do Governo Federal. Foto: EBC
Palácio do Planalto, sede do Governo Federal. Foto: EBC

Dez pastas foram afetadas pelo novo contingenciamento de R$ 1,5 bilhão no Orçamento de 2023. O decreto presidencial com a distribuição dos bloqueios temporários foi publicado nessa sexta-feira (28) em edição extraordinária do Diário Oficial da União.Total contingenciado este ano é inferior ao do ano de 2022, quando foram travados R$ 15,38 bilhões para cumprir o teto de gastos.

ENTENDA OS BLOQUEIOS

Os bloqueios são temporários e ocorrem porque a estimativa de gastos superou o limite estabelecido pelo teto federal de gastos em 2023. O contingenciamento não atinge gastos obrigatórios, apenas gastos discricionários (não obrigatórios), relacionados a investimentos e manutenção da máquina pública. O dinheiro pode ser liberado se a estimativa de gastos obrigatórios não se concretizar ou se o governo conseguir aprovar o novo arcabouço fiscal no Congresso Nacional, que acabará com o teto federal de gastos.

DISTRIBUIÇÃO DOS BLOQUEIOS

•   Saúde: R$ 452 milhões;

•   Educação: R$ 333 milhões;

•   Transportes: R$ 217 milhões;

•   Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome: R$ 144 milhões;

•   Cidades: R$ 144 milhões;

•   Meio Ambiente: R$ 97,5 milhões;

•   Integração e Desenvolvimento Regional: R$ 60 milhões;

•   Defesa: R$ 35 milhões;

•   Cultura: R$ 27 milhões;

•   Desenvolvimento Agrário: R$ 24 milhões.

No dia 21, o governo apontou a necessidade de um novo bloqueio no Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas. Pela legislação, um decreto presidencial detalha cortes por órgãos federais até 10 dias após o envio do relatório ao Congresso. A distribuição do contingenciamento cabe à Junta de Execução Orçamentária, órgão composto pelos ministros da Fazenda, Fernando Haddad; do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet; Esther Dweck, Gestão e Inovação em Serviços Públicos; e da Casa Civil, Rui Costa.