Política

Estado já deve mais de R$ 50 milhões a professores

De acordo com o Presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinter), Flávio Bezerra, os professores estão fazendo sacrifícios inimagináveis para a educação em Roraima não parar

Com quase seis meses do início de 2019, o ano letivo em Roraima ainda não começou efetivamente. Entre as reivindicações do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinter) estão a falta de professores, a merenda escolar e o transporte público, além da estrutura dos prédios das escolas estaduais. 

De acordo com o Presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinter), Flávio Bezerra, entrevistado durante o Agenda da Semana na Rádio Folha, comandado pelo radialista Getúlio Cruz, os professores estão fazendo sacrifícios inimagináveis para a educação em Roraima não parar. 

Ele relatou que era visível os problemas com recursos destinado à educação eram evidentes durante o Governo da gestão passada. “O único valor que vimos na íntegra foi o de Imposto de Renda, os demais a gente vê um buraco que soma cerca de R$ 50 milhões a professores. E esse valor vai ser denunciado ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas ainda nessa semana”. 

Segundo ele foram cortadas todas as gratificações de professores, deixando apenas a gestão da educação recebendo gratificação. “Mesmo sem gratificação, os professores assumem as funções de orientação pedagógica, tudo isso para que a escola não pare. Inclusive, trabalhando um dia a mais durante a semana e sem correção salarial. Não tem dinheiro, por que foi desviado” disse.

O sindicalista criticou também as audiências públicas entre deputados sobre Educação. “Não quero tirar a responsabilidade do governador Antonio Denarium, mas dividir essa culpa com os demais agentes sociais. Temos o Ministério Público, Tribunal de Contas, Conselho da Infância e Juventude que nada fazem em relação à situação. Nós vamos aos conselhos, teve audiência pública entre os parlamentares, termina a audiência, não se sai um documento propositivo ou impositivo, e ninguém assina um acordo para aquilo andar, e não foram uma. Foram várias” disse.

Para ele, a educação estadual não deve ser a preocupação apenas dos pais dos alunos, e sim, uma preocupação social. “Que profissionais iremos lançar no mercado de trabalho? Esses alunos que estão sem aula irão ser os nossos futuros profissionais da saúde, nossos médicos, advogados, nossos juízes.” Concluiu.