Com uma atividade parlamentar focada em temas como a saúde mental e o combate às notícias falsas, o deputado estadual Evangelista Siqueira foi a mais nova vítima das tão temidas e danosas fake news. Ele conta que estava trabalhando quando começou a receber várias mensagens de amigos e familiares questionando se ele estava bem.
Logo ele se deu conta de que seu nome havia sido atribuído a uma suposta internação médica, ocasionada por um fetiche sexual. “Tive que parar o meu trabalho e gastar energia para gravar um vídeo e desmentir o ocorrido, porque nós, que somos pessoas públicas, já sabemos lidar com isso, mas as pessoas que estão ao nosso redor são mais afetadas”.
O parlamentar destacou o fato de o ataque virtual ter ocorrido em pleno Setembro Amarelo, quando tanto se fala sobre a importância dos cuidados com a saúde mental, e destacou que casos como estes podem gerar consequências graves.
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“Inclusive, recentemente realizamos um evento falando sobre os riscos do ciberbulying na Assembleia Legislativa e, em seguida, eu fui a vítima. Estamos no Setembro Amarelo e tenho me deparado com situações gravíssimas de haters [internautas que realizam ataques no mundo virtual], e eu experimentei isso na pele. As pessoas têm que ter mais cuidado, pois além de ser crime, as fake news abalam a saúde mental das pessoas e, em muitos casos, podem levar a consequências mais graves como o suicídio”, destacou.
Punição
Evangelista Siqueira é autor do projeto que resultou na Lei 1.403/2020, que criminaliza a postagem de falsa notícia sobre a covid-19 em redes sociais e grupos de conversas virtuais.
Ele destacou que a legislação brasileira prevê punição para as notícias falsas, ressaltou que a assessoria jurídica dele está levantando informações sobre o caso, e disse que vai adotar providências legais para buscar a punição dos responsáveis.
“Só penalizando quem comete estes atos é que vamos coibir. Fake news não são uma brincadeira, e por isso, as pessoas devem ter mais cuidado em grupos de notícia, ao terem o impulso de compartilhar algo sem checar. As pessoas podem divergir de mim no âmbito político, mas não realizar ataques com o único intuito de fazer o mal. A internet não é mais uma terra sem lei”, pontuou o parlamentar.
