GRILAGEM DE TERRAS

Ex-candidato preso por falso testemunho em CPI é solto após pagar fiança de R$ 3 mil

Ex-candidato preso por falso testemunho em CPI é solto após pagar fiança de R$ 3 mil

O empresário e ex-candidato a deputado federal Jamiro Alves da Silva, de 51 anos, foi solto nesta terça-feira (11) após pagar fiança de R$ 3 mil. Ele havia sido preso em flagrante na segunda-feira (10) por falso testemunho durante uma sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Terras, na Assembleia Legislativa de Roraima.

A prisão ocorreu após Jamiro ser confrontado pelo presidente da CPI, o deputado Jorge Everton (União), sobre informações prestadas em seu depoimento. Ele negou responder a processos criminais ou ser alvo de investigações, mas documentos apresentados na sessão indicaram o contrário.

Além disso, o ex-candidato afirmou conhecer apenas superficialmente Almiro Ferreira Marinho, envolvido na investigação da CPI, mas registros mostraram que ele possuía uma procuração assinada por Marinho. Diante das contradições, a comissão determinou sua condução à Delegacia de Repressão a Crimes Contra a Administração Pública.

Reunião foi encerrada com a prisão de Jamiro. Foto:Nonato Sousa/SupCom da ALE-RR

Ex-candidato em 2022

Jamiro disputou uma vaga de deputado federal pelo PDT nas eleições de 2022 e declarou à Justiça Eleitoral um patrimônio superior a R$ 10 milhões, composto majoritariamente por terrenos e propriedades rurais. No entanto, durante seu depoimento à CPI, ele afirmou estar desempregado e que sua renda vinha de comissões sobre vendas de imóveis urbanos.

O crime de falso testemunho, previsto no artigo 342 do Código Penal, prevê pena de dois a quatro anos de reclusão, além de multa. Apesar de ter sido solto após pagar fiança, Jamiro seguirá respondendo ao processo. O caso foi encaminhado ao Ministério Público.

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