O ex-delegado geral da Polícia Civil, Herbert Amorim, negou ter atrapalhado as investigações que apuram o sequestro e a tortura do jornalista Romano dos Anjos. Ele prestou depoimento nesta segunda-feira (21), na Assembleia Legislativa de Roraima.
Amorim negou que tenha pedido para tirar o delegado do caso, João Evangelista, e reforçou o próprio argumento ao falar que Evangelista foi mantido à frente das investigações e deu todo o suporte necessário para o andamento da força-tarefa da Polícia Civil.
O ex-delegado-geral revelou que, uma depois da instalação da força-tarefa para investigar o caso, recebeu uma ligação do deputado Jalser Renier (Solidariedade) para perguntá-lo se os trabalhos existiam para “sacaneá-lo” e que seria uma “armação” contra ele, o que foi negado por Amorim no telefonema.
Neste momento, Jalser tentou interpelar o depoimento, mas foi advertido pelo relator da Subcomissão de Ética Parlamentar da Casa, deputado Jorge Everton (sem partido).
“Um dos meus últimos atos na Polícia Civil foi renovar essa força-tarefa – o que me surpreendeu -por mais noventa dias, ainda até pensei, já não tem uma denúncia no MP, mas vou renovar assim mesmo, agora ainda está vigente a força tarefa”, disse Herbert Amorim,
A defesa do deputado Jalser, por sua vez, manteve o posicionamento contrário à oitiva.