Política

Ex-secretário nega ter recebido proposta com preço menor

Francisco Monteiro alegou que existia uma separação de responsabilidades na Sesau e que não cabia definir as condições técnicas dos equipamentos

O ex-titular da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau), Francisco Monteiro, negou as informações de que teve acesso à uma proposta detalhada com preço menor de ventiladores mecânicos. A oitiva com o ex-secretário de Saúde, Francisco Monteiro, ocorreu após às acusações feitas pelo ex-Coordenador Geral de Urgência e Emergência da Sesau, Francisvaldo de Melo Paixão, durante depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Saúde da Assembleia Legislativa (ALE-RR) nesta segunda-feira, 11.

Questionado pelos parlamentares sobre as denúncias do ex-servidor, Monteiro alegou que existia uma separação de responsabilidades entre os diversos setores da Sesau e que não cabia a ele a formulação dos itens e das condições técnicas dos equipamentos. O ex-titular também afirmou que foram vários os processos e documentos apresentados. 

“Eu poderia confirmar que eu tenho conhecimento, mas eu não teria condições de dar detalhamento à essa proposta. A discriminação específica eu realmente não tenho clareza para lhe dar como resposta. Se ela tivesse vindo, ela isolada, mas foram várias, inúmeras. Naquela semana nós recebemos dezenas de empresas entrando em contato, apresentando propostas. Muitas das situações não percorriam a descrição exata daquilo que estávamos precisando. Isso é crédito das coordenações e dos gerentes. É a primeira vez que eu vejo essa proposta dessa forma”, declarou Monteiro.

O ex-secretário informou ainda que alguns dos critérios de escolha da empresa e dos respiradores mecânicos ao preço de R$ 215 mil, cada, foram o risco de não receber o produto, a disponibilidade de entrega para Roraima, necessidade de assistência técnica ou reparo, entre outros pontos.

“O equipamento pode não ligar, pode precisar de uma assistência técnica, uma peça que não tem como. Foi isso que foi considerado, foi isso que deu a tomada de decisão. A origem, a tomada de preço, naquele momento, talvez foi provida do tempo necessário, mas foi feita. Não se foi na esquina comprar o equipamento. Foi feito sim o contato com a empresa e com outras empresas”, declarou.

Monteiro afirmou ainda que não houve preferências na escolha da empresa. “Sempre se entende que aquele tem um histórico deve ser considerado, é quase como um vício administrativo. Existe já relação do Estado, existe já da compra, sabe que tem condição. Muito particularmente com relação aos respiradores, a empresa foi contactada em outra situação. Não existia nenhum apontamento específico de empresa A ou B”, acrescentou.