AGENDA DA SEMANA

Exploração de petróleo no Tacutu: processo avança com leilão previsto para 2025

Deputado Gabriel Mota destaca potencial econômico da bacia, oportunidades de emprego e impacto ambiental controlado.

Foto: Reprodução/Youtube Rádio Folha 100.3 FM
Foto: Reprodução/Youtube Rádio Folha 100.3 FM

A exploração de petróleo na bacia sedimentar do Tacutu, em Roraima, segue avançando. De acordo com o deputado federal Gabriel Mota, o Ministério do Meio Ambiente autorizou recentemente a Carta de Manifestação Conjunta, etapa essencial para a realização do leilão. O assunto foi tema do programa Agenda da Semana deste domingo (29), apresentado, de maneira extraordinária, por Cida Lacerda.

Segundo Mota, a Agência Nacional de Petróleo (ANP) indicou que o leilão de dois blocos na região deve ocorrer no primeiro semestre de 2025.

“A autorização foi concedida e o Ministério de Minas e Energia já divulgou os dois blocos da bacia sedimentar do Tacutu que serão leiloados”, afirmou o deputado. Empresas interessadas, como ExxonMobil, Petrobras, Eneva e Shell, já estão sendo contatadas por representantes do estado.

A região do Tacutu, abrangendo áreas nos municípios de Normandia, Bonfim e parte de Boa Vista, foi identificada como apta para exploração, sem incidência sobre terras indígenas, embora haja proximidade com algumas comunidades. Mota destacou que a infraestrutura local inclui acesso asfaltado e disponibilidade de energia elétrica, facilitando o interesse de investidores.

O gás natural é outro recurso apontado na região. Atualmente, grande parte da energia consumida em Roraima é abastecida pelo gás transportado do Amazonas, uma logística que pode ser alterada com a exploração local. “Se temos gás aqui, não faz sentido importar”, disse Mota.

Os estudos sobre petróleo na região datam de cerca de 40 anos, e a expectativa é que tecnologias atuais contribuam para maior eficiência nos processos. A Guiana, país vizinho, já desenvolveu projetos significativos na área, sendo citada como referência pelo deputado.

O parlamentar também comentou sobre o papel dos royalties no desenvolvimento regional. Segundo ele, os municípios e proprietários das áreas exploradas poderão ser beneficiados, além do estado.

“Os royalties serão divididos entre o município, o estado e os donos das propriedades, variando geralmente entre 3% e 10%”

Sobre o impacto ambiental, o deputado mencionou que o licenciamento ficará a cargo do órgão estadual, dada a localização das áreas no Lavrado, uma formação equivalente ao Cerrado. Ele acrescentou que há interesse do governo estadual em colaborar para que o processo ocorra dentro das normas legais e técnicas.

A entrevista completa com o deputado Gabriel Mota está disponível no canal da Rádio Folha 100.3 no YouTube.