Política

Flamarion critica falta de solução federal para a crise yanomami

Na Folha FM, o chefe da Casa Civil estadual também falou da lei que fixa datas para a participação da família dos alunos das escolas públicas do Estado

O secretário chefe da Casa Civil estadual, Flamarion Portela, criticou nesse domingo (23), durante o programa Agenda da Semana, da Folha FM, o governo federal por ainda não ter conseguido resolver a crise humanitária yanomami (assista ao programa completo ao final da reportagem).

Portela disse que, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) veio a Roraima, em janeiro, a Casai (Casa de Saúde Indígena) tinha 700 indígenas, praticamente o mesmo número de pacientes registrado neste mês, número apurado pela comissão externa do Senado quando veio ao Estado há quase duas semanas.

“Foi helicóptero e veio. Foram as horas mais caras possíveis. E não vai e não voltam. E por que que não voltam, essa é a pergunta. O Governo [de Roraima] já se reuniu com as associações indígenas oferecendo fazer uma espécie de galpão um redário dentro da Casai. É algo em torno de R$ 1 milhão. O Estado se oferecendo pra ajudar a União! Ou seja, o que ouvi dos senadores que não tem remédio, que não tem isso, não tem aquilo. Ouvi dos senadores. Passado esses meses, qual foi a solução?”, questionou, reforçando que foi criada uma narrativa espalhada para o exterior em torno do problema.

Famílias nas escolas

Portela foi ao programa apresentado por Getúlio Cruz para falar da lei que propôs quando era deputado: a que fixa datas para a participação da família dos alunos das escolas públicas do Estado, em vigor desde 2010.

Em meio à onda de ataques e anúncios e massacres em escolas brasileiras, o secretário disse que nenhuma medida de segurança adotada será efetiva se não houver a presença dos pais nas unidades. “Os pais, mesmo ocupados, têm que tirar um pouco de tempo pra acompanhar isso. Isso é muito importante”, avaliou.

Para ele, é importante a participação da família em reuniões escolares porque trata do futuro das crianças e, consequentemente, do Estado e da nação brasileira. “Nada que for feito não terá sucesso, se não tivesse envolvimento da família”, disse.

Agenda da Semana – 23/04/2023