Já está em Roraima a Força-Tarefa de ministro Governo Federal para analisar a crise migratória de venezuelanos no Estado. As discussões sobre o tema, no entanto, não devem sair da Base Aérea de Boa Vista, conforme adiantou a agenda oficial da comitiva.
Formado pelos ministros da Justiça, Torquato Jardim, da Defesa, Raul Jungmann, e do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, Sérgio Westphalen, a comitiva fará apenas uma parada estratégica no Estado, já que o destino do grupo será o Suriname, onde serão discutidos assuntos relacionados à segurança.
A vinda dos ministros para o Estado havia sido requisitada pela governadora Suely Campos (PP), tanto que o Palácio Senador Hélio Campos havia confirmado na manhã de ontem, 07, uma reunião para as 11 horas desta quinta-feira, 08, que acabou cancelada pela comitiva.
Em coletiva de imprensa, a chefe da Administração Estadual classificou o cancelamento da reunião como um desrespeito ao povo de Roraima.
“É muito desagradável verificar como é que o Governo Federal está tratando o estado de Roraima. O fluxo migratório dos venezuelanos está impactando Roraima, sem falar na conexão do crime organizado do Brasil com a Venezuela. Ficamos surpresos com cancelamento da reunião. Não aceito ver meu Estado tratado com tal descaso pelo Governo Federal. Me recuso a tratar de assuntos de interesse da segurança nacional em saguão de aeroporto”, destacou um dos trechos da nota encaminhada a imprensa.
DADOS – Segundo a Superintendência da Polícia Federal em Roraima, até o dia 25 do mês passado, o Estado havia registrado a entrada de 8,8 mil venezuelanos pelo ponto de migração terrestre em Pacaraima, Norte do Estado. Desde 2015, o país vizinho vem atravessando uma de suas piores crises, o que vem forçando sua população a migrar para outros países.
Com a intensificação do problema, o Governo Federal pretende realizar um Censo para saber a situação dos migrantes no Brasil. A ideia é traçar plano de ação que minimize os efeitos da vinda de tanta gente para os estados que estão registrando aumento de demanda nos setores mais básicos como saúde, educação e segurança pública.
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