O ministro do meio-ambiente, Ricardo Salles, voltou a reforçar que uma das prioridades da gestão do Governo Federal deve ser a ampliação do saneamento básico em todo o país. A avaliação é que, pelo menos em Roraima, as ações fiquem a cargo da Fundação Nacional de Saúde (Funasa).
O superintendente estadual da Funasa, Douglas Maia, em entrevista ao programa Agenda da Semana na Rádio Folha 100.3 FM neste domingo, 12, comentou a fala do ministro e o novo marco regulatório do saneamento.
Para Maia, mesmo que se efetive a priorização do saneamento, seja ele de forma pública ou privada, ainda há razão de existir da Funasa. Segundo Douglas, isso acontece por conta da necessidade de executar os serviços nos municípios com pequeno número de habitantes ou de difícil acesso, como é o caso de muitas cidades do interior de Roraima.
“Nós temos cerca de 5,4 mil municípios, sendo que cerca de 90% deles tem até 50 mil habitantes. A população pensa no Banco do Brasil e os Correios, que seriam em tese as instituições privadas que estariam presentes em todos os locais. Mas a Funasa está em local que estas instituições não estão. A Funasa é a instituição governamental de maior alcance no território brasileiro”, declarou.
Paralelo a essa questão, o superintendente também frisou que o modelo de saneamento no Brasil é de executar os serviços primeiro nas grandes cidades e depois seguir para o interior. Para o superintendente, atualmente as capitais já têm capacidade suficiente para se sustentar e procurar auxílio com o setor privado.
“Agora, conseguimos compreender que as grandes cidades já têm a capacidade de estabelecer parcerias com empresas privadas e nós manteríamos o trabalho nos municípios do interior”, acrescentou Douglas. “Ninguém mais apropriado para lidar com isso do que a Funasa, que reúne um capital intelectual de mais de 30 anos de experiências positivas e negativas, que nos ajudaram a crescer. Nós, a Funasa, dentro desse plano, assumirá o papel de coordenação. Esse é o nosso grande desafio de 2020”, completou. (P.C.)