Coordenadores do Movimento Garimpo é Legal acionaram o Ministério Público Federal (MPF) para denunciar violação de direitos humanos dos garimpeiros. O documento foi protocolado nesta segunda-feira, 13. O grupo pede anda que as abordagens sejam acompanhadas por câmeras para coibir possíveis extorsões.
“Estão ocorrendo pelos relatos que nos chegam todos os tipos de abusos contra garimpeiros que estão saindo voluntariamente da TI Yanomami. Já tivemos carro quebrado, Garimpeiros espancados inclusive até com suspeita de costela quebrada e ninguém diz nada sobre isso. Já perdemos vidas como de uma cozinheira que pelo terrorismo propagado pela mídia tentou sair a pé da reserva Yanomami e morreu de infarto”, relata Jailson Mesquita, presidente do movimento.
O grupo denuncia também mortes por anemia e assassinato, além do desaparecimento de duas pessoas após canoas superlotadas afundarem próximo à cachoeira da lata, no rio Mucajaí. “No Palimiú, o Ibama está colocando homens com xingamentos fazendo revistas em mulheres. É preciso que se cumpra a nova determinação do STJ sobre abordagens e isso não está ocorrendo”, denuncia Mesquita.
O movimento já havia pedido ajuda ao senador Chico Rodrigues (PSB) para que a retirada fosse feita de forma pacífica. O Senado acompanha a situação por meio de comissão especial. O grupo também pediu para que a Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal de Boa Vista, Assembleia Legislativa e OAB para acompanhar a desintrusão.
A reportagem entrou em contato com o Insituto Brasileiro do Meio Ambiente e de Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e aguarda o retorno.