Aprovados nas comissões de sabatinas, Ubirajara Riz Rodrigues e Lenon Geyson Rodrigues Lira foram rejeitados ontem, por 15 votos a nove, no plenário da Assembleia Legislativa do Estado (ALE) para exercer a presidência da Junta Comercial de Roraima (Jucerr) e Instituto de Pesos e Medias de Roraima (Ipem).
A exemplo das sessões anteriores, o líder da base do Governo do Estado na Casa, deputado Brito Bezerra (PP), pediu adiamento de discussão. Nos dois casos, o presidente da ALE, deputado Jalser Renier (PSDC), submeteu a decisão ao plenário. Por 14 votos a nove, os pedidos de adiamento foram rejeitados.
Em nota, a Secretaria de Comunicação do Governo do Estado disse que avalia com estranheza o resultado da votação dos deputados em relação aos nomes indicados pelo governo para assumirem entidades da Administração Indireta. “Lembramos que, no primeiro momento, esses mesmos nomes passaram de forma unânime nas comissões especiais externas, atendendo aos critérios exigidos em lei. No entanto, quando foram para votação em plenário, resultou na rejeição. O Executivo estadual aguarda o comunicado oficial do Legislativo para adotar as providências cabíveis”, informou.
OCTÓGONO – Durante discurso antes das votações, o deputado Mecias de Jesus (PRB), líder do G6, afirmou que a rejeição do nome de Flauenne Santiago para a presidência do Instituto de Terras e Colonização de Roraima (Iteraima) o levou a questionar o papel do parlamento. “A Assembleia Legislativa insiste em atrapalhar o Governo do Estado. Não creio que seja o papel dessa Casa construir um octógono no Centro Cívico”, declarou comparando o Legislativo a um ringue de luta livre.
Mecias destacou que o prejudicado com as rejeições não é a governadora Suely Campos (PP), e sim o povo. “Confesso que estou pasmo. As pessoas estão dispostas a levar às últimas consequências o que aconteceu nas últimas eleições”, comentou, se referindo aos pleitos de 2010, 2012 e 2014.
O líder do G6 disse ainda que os gestores da Administração Indireta indicados pela governadora são capazes e que ele sempre votou a favor daqueles nomes que entendia serem capazes, mesmo quando era da oposição. “Votei a favor de vários nomes durante a gestão do [ex-governador, do PSDB] Anchieta Júnior, mesmo sendo oposição”, afirmou.
Em resposta ao pronunciamento de Mecias, o presidente da Casa disse que todos os parlamentares têm o direito de fazer críticas. “Mas os votos têm que ser respeitados, tanto os contra quanto os a favor. A democracia foi aplicada”, frisou. (V.V)
Política
Gestores da Junta Comercial e Ipem são rejeitados na ALE
Polêmica sobre indicações da governadora continua e dois outros nomes foram rejeitados em plenário