Governo avalia plano de acolhimento a deportados dos EUA

Ministério dos Direitos Humanos aciona autoridades de Minas Gerais e Belo Horizonte para assistência aos repatriados

Grupo teve que passar a noite em Manaus - Foto: Reprodução/X
Grupo teve que passar a noite em Manaus - Foto: Reprodução/X

O governo federal anunciou neste sábado (25) que estuda a elaboração de um plano de acolhimento para brasileiros deportados dos Estados Unidos, diante da possibilidade de um aumento no número de repatriados durante a gestão de Donald Trump.

O primeiro grupo deportado sob o novo governo norte-americano desembarcou no Aeroporto Internacional de Confins (MG), após um problema no voo que inicialmente pousaria em Manaus. Ao todo, 88 brasileiros foram repatriados, sendo que quatro permaneceram em Manaus e 84 seguiram para Minas Gerais.

Segundo o governo, os deportados podem retornar por conta própria para suas cidades de origem, como de costume em voos desse tipo. No entanto, caso haja necessidade, o Ministério dos Direitos Humanos garantiu que fornecerá assistência humanitária, incluindo abrigo e alimentação.

“Será feita uma ação emergencial para esse caso, e vamos elaborar um plano interfederativo em caso de escalada no número de repatriados”, afirmou a ministra de Direitos Humanos, Macaé Evaristo, que acompanhou a chegada do grupo no terminal em Confins. Para isso, o ministério já acionou a Secretaria de Desenvolvimento Social de Minas Gerais e a Prefeitura de Belo Horizonte, que devem colaborar nas primeiras ações de acolhimento.

O grupo é composto por brasileiros de diferentes estados, como Goiás e Espírito Santo. Como em voos anteriores, os repatriados chegaram ao Brasil algemados nos pés e mãos. O Ministério da Justiça comunicou a situação à Presidência da República, que determinou a retirada das algemas e providenciou o transporte dos deportados até Minas Gerais por meio de uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB).