O governador Antonio Denarium (Progressistas) anunciou nessa segunda-feira (13) a convocação de mais 240 candidatos do concurso público da Polícia Militar de Roraima, realizado em 2018. A formação será feita em duas etapas: a primeira turma, será chamada em janeiro de 2022, enquanto a segunda será convocada no segundo semestre do ano que vem. Cada grupo tem 120 candidatos.
Mas o número de convocados gerou protestos dos deputados estaduais nesta terça-feira (14), na Assembleia Legislativa de Roraima. Em defesa dos aprovados, parlamentares deixaram o plenário, que ficou sem quórum para apreciar 12 projetos, os quais foram transferidos para a sessão dessa quarta (15).
Os parlamentares defenderam a convocação de outros 230 candidatos do quadro reserva do certame, pois consideram o número, anunciado pelo governo, insuficiente até para colocar nas ruas as novas viaturas policiais. Da galeria, a sessão era acompanhada por candidatos do concurso, que ovacionavam cada discurso alusivo à defesa deles.
O assunto foi colocado em pauta pelo deputado Jorge Everton (sem partido), que apresentou levantamentos que apontam déficit de aproximadamente 1,5 mil policiais na corporação, sendo 973 e 508 soldados, respectivamente, nos Comandos de Policiamento da Capital (CPC) e do Interior (CPI).
O parlamentar sugeriu que os colegas direcionassem as emendas de bancada para garantir a nomeação dos candidatos e recomendou a obstrução da pauta do dia até que a convocação do quadro reserva seja feita pelo governo de Roraima.
O deputado Coronel Chagas (PRTB), líder do governo na Assembleia, disse que a Casa deve buscar um entendimento político com o Poder Executivo para garantir o aproveitamento dos candidatos reservas. “Quem vai ganhar com isso é a sociedade roraimense, que vai ter mais segurança nas ruas”, disse.
Renato Silva (PRB), por sua vez, defendeu o governo estadual como protagonista na convocação dos candidatos aprovados no concurso da PM.