
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Terras realiza a primeira reunião nesta segunda-feira (24), em Rorainópolis, no sul de Roraima, onde há uma série de denúncias de grilagem de terras. A reunião foi agendada a pedido da Câmara Municipal devido à gravidade dos casos na região.
Instaurada na última quinta-feira (20) pela Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR), a CPI visa investigar uma organização criminosa suspeita de grilar terras públicas em áreas urbanas e rurais do Estado. A comissão é composta pelos deputados Jorge Everton (União), Armando Neto (PL), Renato Silva (Podemos), Marcinho Belota (PRTB), Chico Mozart (PRTB), Neto Loureiro (PMB) e Soldado Sampaio (Republicanos).
O deputado Renato Silva, relator da CPI, ficará responsável pela definição das próximas etapas, como as diligências e a oitiva de testemunhas. Jorge Everton, presidente da comissão, explicou que o objetivo é apurar as denúncias e responsabilizar os envolvidos. “O problema foi levado diversas vezes ao governador [Antonio Denarium], mas não foi resolvido. Agora, vamos apurar e identificar os responsáveis”, afirmou.
A criação da comissão foi motivada por uma denúncia do Ministério Público de Contas (MPC), que pediu o afastamento da presidente do Instituto de Terras e Colonização de Roraima (Iteraima), Dilma Lindalva Pereira da Costa, devido a suspeitas de envolvimento em grilagem e favorecimento na regularização fundiária da Gleba Baliza, também no sul de Roraima.