Política

Grupo que defende eleições antecipadas fará protesto nesta sexta-feira

A manifestação será em frente ao prédio da Assembleia Legislativa, com panfletagem a partir das 7h30 desta sexta-feira

Uma saída independente. Essa é a convocação que um grupo de pessoas ligadas a movimentos sociais e sindicatos está fazendo para a população como uma alternativa para a crise política brasileira. E para divulgar essa terceira vertente política, vai acontecer um protesto nesta sexta-feira (1º), em frente à Assembleia Legislativa de Roraima.

O grito de guerra do movimento é ‘Fora todos eles! Eleições gerais já’. O objetivo é ser um protesto independente dos atos de oposição que ficaram conhecidos com o ‘Fora Dilma’, que é feito pelas pessoas e partidos que apóiam o impeachment da presidente Dilma Rousseff, e o ‘Não vai ter golpe’, bradado pelos petistas e aliados do governo federal.

De acordo com os organizadores do protesto, comandado pelo movimento Espaço Unidade e Ação, a saída mais coerente para a crise política brasileira é a convocação antecipada de eleições gerais para 2016.

O grupo pretende massificar essa ideia e buscar apoio da população para uma alternativa independente sem ligação política à polaridade que se criou no país e que eles acreditam que só pode ser feita por meio de eleições.

“Queremos eleições sem financiamento de empresas e nem caixa dois”, disse o representante do grupo, Antônio Neto. “E o povo é quem tem que decidir sobre quem deve governar o país e não esse congresso formado por políticos envolvidos em atos de corrupção”, ressaltou o professor da UFRR, Jaci Guilherme. “Existe uma outra situação. E as pessoas não estão conseguindo enxergar além dessa polarização, porque ou é 13 ou é golpe”, completou a professora Érica Cavalcante.  

O grupo critica a possibilidade de um impeachment que poderia levar à Presidência da República, o vice-presidente, Michel Temer que é do PMDB. “O partido que sempre esteve no poder. Está há 40 anos no poder. Na verdade, o PMDB não está saindo do poder, está querendo dar um tempo do poder e voltar daqui a três meses. Ou seja, os 600 cargos que eles têm que retirar, a intenção do partido é retornar com todos esses cargos ao poder com muito mais força”, analisa o professor Jaci.

Quanto ao discurso feito por governistas de que o pedido de impeachment seria um golpe, o professor de história da UFRR ressalta que o momento atual se assemelha muito mais ao que aconteceu em 1951, quando Getúlio Vargas cometeu o suicídio.

“O que estamos vivendo agora não tem nada a ver com 1964. É um outro contexto. É um outra ideia, onde os militares estavam se organizando desde a 2ª guerra para tomar o poder, então essa história de golpe não pega para nós que estudamos história com muito detalhe”, afirmou.