LEO DAUBERMANN
Editoria de Política
Em entrevista ao programa Agenda da Semana desse domingo, 24, na Rádio Folha FM 100.3, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Civis Efetivos do Poder Executivo do Estado de Roraima (Sintraima), Francisco Figueira, disse que a implantação dos Planos de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCRs) vai custar R$ 20 milhões por ano, o que equivale a menos de R$ 2 milhões mensais.
“Está estimado um aumento na folha de pagamento de cerca de R$ 20 milhões com a implantação de todos os PCCRs, incluindo a última parcela da área tecnológica”, afirmou Figueira.
Ele ressaltou que o governo, ao afirmar que o impacto dos PCCRs precisa ser reavaliado, esquece que o valor, ao ser injetado no Estado, beneficia vários setores.
“O comércio é aquecido, aumentam as vagas de emprego, há uma arrecadação maior de ICMS [Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços]. Nós temos um Estado que gira em torno da ‘economia do contracheque’, e se não tiver a circulação de recursos, vamos continuar no caos”, avaliou.
O sindicalista fez um apelo ao governador Antonio Denarium (PSL) para que não responsabilize os servidores pela crise econômica em Roraima.
“Denarium encontrou um culpado para a crise do Estado: os funcionários públicos. Ele tem é que se preocupar com a gestão dele, ao invés de retirar direitos adquiridos”, ressaltou.
De acordo com Figueira, o discurso do governador, atualmente, não é o mesmo usado durante a campanha.
“Antes, o problema do Estado não era dinheiro, era gestão. Agora, ele [governador] mudou o discurso e está dizendo que não tem dinheiro. Está copiando o da ex-governadora [Suely Campos], um discurso batido. É preciso buscar soluções, nós não queremos mais desculpas, bastam as que tivemos no governo passado”, destacou o sindicalista.
ABAIXO DO MÍNIMO – O presidente do Sintraima afirmou que alguns servidores do Instituto de Terras e Colonização do Estado de Roraima (Iteraima) ainda recebem salário abaixo do mínimo e o PCCR da categoria vai regulamentar essa situação.
“Para ganhar até um salário mínimo, esses servidores recebem complementação, são centenas de servidores que ganham menos de um [salário mínimo]. Acredito que nenhum funcionário das empresas de Antonio Denarium receba menos do que é isso, até porque é proibido por lei”, concluiu.