Indicado pelo partido Rede-RR e por três organizações indígenas para assumir a superintendência regional do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), o antropólogo Irmânio Sarmento de Magalhães classificou a sugestão como reconhecimento a seu “trabalho árduo” em prol da valorização da riqueza e dos patrimônios materiais e imateriais dos povos originários de Roraima.
“Recebi a notícia com muita alegria. Me sinto honrado por ter sido indicado por três organizações indígenas muito importantes e que têm um papel fundamental na história da luta indígena em Roraima. Esse reconhecimento é fruto de um trabalho árduo pela valorização do reconhecimento da riqueza dos seus patrimônios imateriais e materiais tão importantes no contexto identitário e para a história dos povos originários”, disse em sua primeira declaração pública após a indicação.
As entidades indígenas que defendem seu nome ao Governo Lula são: a Associação dos Povos Indígenas da Terra São Marcos (APITSM), o Conselho Indígena de Roraima (CIR) e a Sociedade para o Desenvolvimento Comunitário e Qualidade Ambiental (TWM).
Em manifesto, as organizações classificam Magalhães como conhecedor amplo do movimento indígena em Roraima e o reconhece por sua atuação na área do patrimônio cultural com as organizações indígenas, bem como seu “histórico longo de promoção e difusão do conhecimento” do tema, especialmente voltado à conservação e preservação dos lugares ancestrais ou arqueologia, e aos bens imateriais.
Currículo
Irmânio Sarmento é formado em Antropologia pela Universidade Federal de Roraima (UFRR) e possui curso de Gestão Cultural pela mesma instituição. Assessor da APITSM, ele também exerceu a mesma função, por quatro anos, na Fetec (Fundação de Educação, Turismo, Esporte e Cultura). Em seu currículo, o antropólogo se define como excelente articulador com as comunidades indígenas e organizações de representação indígena em Roraima.