Indicado para defensor público- geral é rejeitado na Assembleia

O clima ficou pesado na Assembleia Legislativa ontem. Uma votação que poderia ser resolvida em poucos minutos poderá parar na Justiça estadual. É que o presidente da Casa, deputado Jalser Renier (PSDC), colocou em discussão a indicação do nome de Carlos Fabrício Ratacheski para o cargo de defensor público-geral.

A discussão e votação do projeto de decreto legislativo pegaram alguns deputados, principalmente os da base governista, de surpresa. A deputada Lenir Rodrigues (PPS), do G14, chegou a discutir com alguns parlamentares defendendo a votação do projeto naquele momento. O presidente chegou a determinar que o painel eletrônico fosse aberto para que os parlamentares votassem, mas voltou atrás e determinou a suspensão da votação por dois minutos, que se transformaram em 20.

Na volta da sessão, tanto o deputado Mecias de Jesus (PRB) quanto Oleno Matos (PDT) afirmaram que tomaram conhecimento da votação do projeto no plenário, pois ele não constava na ordem do dia que tinham recebido na noite anterior e no início da manhã de ontem. Em nome do G6, bloco do qual é líder, Mecias requereu o adiamento de votação e alegou que durante a comissão de sabatina, realizada na segunda-feira pela manhã, o indicado pediu uma semana para conversar com todos os parlamentares e explicar seu plano de trabalho.

O deputado Jânio Xingu (PSL) lembrou que o projeto já estava em votação e que não cabia mais o pedido de adiamento. O líder do G14, deputado George Melo (PSDC), sugeriu que a decisão de votar ou não o nome de Carlos Fabrício Ratacheski fosse submetida a plenário, o que chegou a ser decidido pelo presidente da Casa. Os deputados governistas decidiram se retirar do plenário, na tentativa de obstruir a votação, o que não ocorreu.

Com 13 deputados em plenário, a votação secreta foi iniciada. Por 12 votos contra e um a favor, Carlos Fabrício Ratacheski foi rejeitado pelo plenário da Assembleia. O presidente Jalser Renier afirmou que informaria a decisão dos deputados ao Governo do Estado, que tem o prazo de 48 horas para indicar novo nome a partir da lista tríplice.