No final deste mês, a Secretaria de Segurança Pública de Roraima (Sesp-RR) deverá apresentar dados sobre a redução da criminalidade no estado, pois de janeiro a março de 2018 ocorreram 73 assassinatos e no mesmo período deste ano, foram registradas 28 mortes, o que representa quase 70% de redução. A informação foi repassada pelo comandante geral da Polícia Militar, Coronel Elias Santana, que participou nesse domingo, 23, do programa Agenda da Semana, na Rádio Folha 100.3, e informou que essa diminuição dos números é por conta da presença da Força-Tarefa de Intervenção Penitenciária (Ftip), bem como da integração das polícias Militar, Civil, Guarda Civil Municipal e Força Nacional, que têm feito um trabalho em parceria.
“Essa integração tem sido buscada e conseguida todos os dias. Evidentemente que cada instituição, dentro da sua competência, tem seus próprios problemas, o que, às vezes, inviabiliza uma parceria. Mas, mesmo diante desse cenário de dificuldade, temos nos irmanados dia a dia, tanto com a Força Nacional de Segurança Pública, que está no estado desde o mês de agosto, nos auxiliando muito no policiamento ostensivo, com ênfase para o entorno dos abrigos, porque é uma área que deixamos de cobrir por enquanto com esse apoio da Força Nacional. Quando possível a gente também atua, mas essa missão que eles vêm cumprindo tem nos ajudado porque ficamos livres para outras missões”, afirmou coronel Santana.
Quanto à parceria com a Polícia Civil, o comandante da PM disse que sabe das dificuldades que a instituição têm com pessoal, com material, mas tem tido contato quase diariamente com o delegado-geral. “Ele [Herbert de Amorim Cardoso] tem sido muito acessível, muito solícito ao nosso pedido daquilo que é possível fazer. Tem sido importante essa integração, e temos procurado realizar em um trabalho conjunto”, comentou coronel Santana.
“Ontem [sábado, 22], por exemplo, pegamos um foragido da justiça no Uiramutã com uma moto roubada e tivemos que fazer um desafio gigantesco. Não é só a distância de Uiramutã a Pacaraima, é a condição da estrada, para levar esse preso para ser entregue com essa moto furtada em Pacaraima. Nós fazemos isso porque o cidadão deposita sua esperança até o final do trabalho da PM e não podemos falhar. Então fazemos coisas que estão até fora do nosso limite de competência inicial, mas a gente faz porque o cidadão precisa ser contemplado em sua necessidade, independente de qual seja a polícia, nós precisamos ajudá-lo”, esclareceu o comandante.
Sobre o trabalho desenvolvido com a Guarda Civil Municipal, coronel Santana disse que, até pouco tempo atrás, a PM tinha as missões de eventos juninos, onde trabalhava diariamente praticamente sozinha. “Hoje o município está cumprindo essa missão com grande parte de seu efetivo e nós estamos apenas apoiando. Estou direcionando efetivo menor que permita que eu tenha a possibilidade de manter policiamento ostensivo normal, mesmo no local onde acontece o arraial”, frisou.