Política

Jalser diz ser vítima de armação de deputado e delegado

Essa foi a primeira vez que Jalser Renier se pronunciou durante sessão plenária após ter sido afastado do cargo de presidente em janeiro

Após 9 meses sem se pronunciar em sessões plenárias da Assembleia Legislativa de Roraima (ALERR), o deputado estadual Jalser Renier (Solidariedade) participou de forma virtual nesta terça-feira, 21, e disse ter sido vítima de uma armação no caso do sequestro do jornalista Romano dos Anjos.

O parlamentar acusa deputado estadual Nilton do Sindpol (Patri) de ter armado contra ele, juntamente com o delegado da Polícia Civil, João Evangelista.

“Nunca atentei contra a vida de ninguém na minha vida política, repugno qualquer ato, acho ato desse covarde, estou sendo vítima de uma armação política por esse deputado que acabou de fazer discurso, que vivia me bajulando, me pedindo cargo e dinheiro (…) O delegado João Evangelista comandado pelo deputado Nilton do Sindpol, que é um deputado sorrateiro, mesquinho, armaram um planejamento regional contra a minha pessoa”, citou Jalser durante o discurso.

O deputado disse ainda que os policiais presos durante a operação são os melhores. “Eu não acredito de maneira nenhuma nessas coisas que construíram contra mim. Se me perguntarem sobre esses policiais que trabalharam para mim, digo que esses são os melhores policiais, e que esses policiais não tem coragem de fazer isso”, acrescentou.

“Na minha vida política já fui atacado por muitas pessoas e elas nunca receberam um telefonema meu para ameaça-los e agredi-los. Esse repórter que foi objeto de uma armação, ele nunca falou nada contra mim, não tenho nada contra ele”, afirmou o parlamentar.

A reportagem entrou em contato com o delegado João Evangelista, que até a publicação não havia se manifestado a respeito das acusações.

O deputado Nilton do Sindpol informou à reportagem que não vai se pronunciar sobre as acusações. No entanto, em seu discurso nesta terça-feira, 21, antes do pronunciamento de Jalser, o parlamentar falou sobre o assunto. “Deixo claro que caso durante as investigações o ex-presidente seja preso, eu como deputado, votarei pela manutenção da prisão dele e pela perda do mandato”, apontou.

Jalser disse que não reconhece a presidência de Sampaio na ALE-RR

Ainda durante o seu discurso nesta terça-feira, 21, Jalser Renier disse que não reconhece o deputado Soldado Sampaio (PCdoB) como presidente da ALE-RR, cargo que ele ocupa desde o mês de janeiro, quando foram feitas novas eleições para a mesa diretora da Casa.

“Estou há aproximadamente 9 meses sem fazer parte das sessões presenciais na ALE na tribuna, apenas de forma virtual, desde que o ministro Alexandre de Morais resolveu, em caráter monocrático, me afastar da presidência. Outros 16 deputados pelo país estão na mesma situação e seguem no cargo, mas no meu caso eu fui afastado sem que seja votado pela Suprema Corte. Por isso, não reconheço qualquer ato de Sampaio como presidente e nenhum ato dessa mesa diretora”, disse ele, acrescentando que só comparecerá nas sessões de forma presencial quando seu recurso for julgado pelo STF.