
A CPI das Bets, em andamento no Senado Federal, aprovou 169 requerimentos durante reunião nesta terça-feira (19) para investigar o impacto e a legalidade dos jogos virtuais no Brasil. Entre os nomes convocados, estão influenciadores e famosos, como Jojo Todynho, Deolane Bezerra e Wesley Safadão.
Além de empresários e representantes de plataformas populares, como o “Jogo do Tigrinho”, também foram aprovados convites a autoridades que investigam o setor, como representantes da Procuradoria-Geral da República, Ministério Público Federal, Receita Federal e Polícia Federal. Investigados na Operação Integration também serão convocados.
Confira a lista dos requerimentos aprovados e convocados.
O objetivo da CPI é esclarecer como essas plataformas podem estar sendo usadas para movimentações financeiras ilícitas, como lavagem de dinheiro, e identificar eventuais brechas na legislação. Segundo o presidente da Comissão, senador Dr. Hiran (Progressistas-RR), as empresas e personalidades convidadas impactam milhões de brasileiros.
“A convocação de empresas e personalidades que têm impactado milhões de brasileiros, como o Jogo do Tigrinho, é essencial para entender os efeitos dessas práticas no País. A sociedade precisa de respostas sobre os impactos desses jogos, que passaram de entretenimento a um problema social e econômico para muitas famílias. Nosso compromisso é agir com seriedade e proteger a população”, disse o senador.
Primeiro a ser ouvido
A CPI das Bets ouvirá na próxima terça-feira (26) o empresário Fernando Oliveira Lima, conhecido como Fernandin OIG, apontado como responsável pela operação do “jogo do tigrinho” no Brasil. A convocação foi sugerida pela relatora da comissão, senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS).
“Sua empresa é suspeita de facilitar operações de apostas online, o que levanta preocupações sobre possíveis práticas ilícitas e lavagem de dinheiro. A convocação de Fernando é essencial para esclarecer as operações de sua empresa e as estratégias adotadas para divulgar o jogo”, destacou a relatora na justificativa do requerimento.
O aplicativo de apostas Fortune Tiger foi desenvolvido pela empresa PG Soft, sediada em Malta. Ele funciona como uma máquina caça-níqueis virtual. A empresa afirma atuar no ramo de anúncios em redes sociais e nega que tenha qualquer relação oficial com a PG Soft.
*Com informações da Agência Senado