A Justiça estadual, por meio de decisão do juiz Aluízio Ferreira Vieira, da 2ª Vara da Fazenda Pública, determinou o retorno do vereador afastado Adelino Neto (PSL) à Câmara Municipal de Boa Vista. Em sua decisão, o magistrado afirma que o desembargador-relator, Cristóvão Suter, condicionou o retorno do vereador a duas possibilidades: interstício de 180 dias ou, caso ocorra antes, o término da instrução processual.
Alega ainda que as condicionantes limitam os efeitos da decisão de afastamento e, transcorrido esse período, é fatal ensejar o retorno de Adelino Neto ao cargo. À Folha, o advogado do parlamentar, Kleber Paulino, afirmou que o prazo fixado pelo desembargador expirou e, por isso, pediu o retorno imediato de Adelino Neto ao cargo de vereador.
Neto estava afastado das atividades legislativas desde maio deste ano, quando o desembargador Cristóvão Suter determinou o afastamento do cargo por 180 dias ou até a conclusão do processo. Ele é acusado pelo Ministério Público do Estado de Roraima (MPRR) de enriquecimento ilícito, após um ex-servidor da Câmara denunciar ao órgão ministerial que teve o nome usado de forma indevida pelo político durante período em que trabalhou naquela Casa Legislativa.
Com o afastamento de Adelino Neto, quem assumiu a vaga na Câmara Municipal foi Thiago Fogaça (PTC). Fogaça não foi reeleito e há duas semanas deixou o cargo no Legislativo para assumir a Secretaria Estadual do Trabalho e Bem-Estar Social (Setrabes) como adjunto. Em seu lugar, tomou posse Fernando Evangelista (PSC).
A assessoria de comunicação da Câmara Municipal informou à Folha, no final da manhã de ontem, que a Casa ainda não tinha sido informada oficialmente do retorno de Adelino Neto e que, somente após a notificação, poderá adotar as medidas cabíveis. Com a volta de Neto, Fernando Evangelista deixa a Câmara. (V.V)