*MATÉRIA ATUALIZADA ÀS 10h28
Procuradores de Lava Jato denunciaram nesta quarta-feira, 4, o ex-senador Romero Jucá por envolvimento em esquema de propina da Transpetro. O ex-presidente da empresa, Sérgio Machado, também foi incluído na denúncia, segundo informações do site O Antagonista.
Segundo a publicação, ambos são acusados de terem fraudado quatro contratos com a Galvão Engenharia, que renderam 1 milhão de reais a Romero Jucá, repassados como financiamento de campanha.
A reportagem da FolhaWeb procurou a defesa do ex-senador, que afirmou, por meio de nota, ser notória a falta de cuidado técnico na denúncia apresentada pelos promotores do Ministério Público Federal (MPF).
“O Ministério Público Federal tem a ousadia de apresentar o Sr. Sérgio Machado como sendo uma pessoa que falava em nome do ex-Senador Jucá. Ora, o Sr. Sérgio Machado já deu provas nos últimos tempos que sua palavra não tem nenhuma credibilidade, sendo que houve até um pedido pela perda dos benefícios de sua delação por entender a autoridade policial que ele não dizia a verdade em seus depoimentos”, ressaltou.
A defesa salientou ainda que acreditar na versão de que Sergio Machado falava em nome de Jucá só ajuda a desmoralizar os trabalhos realizados pela Operação Lava Jato.
“Ademais afirmar que a contrapartida para a corrupção foi a indicação deste Senhor para o cargo de presidente da Transpetro é, mais uma vez, a clara tentativa de criminalizar a política. Atividade esta que os membros da força tarefa se empenharam com vigor, e que é um dos motivos da canibalização das estruturas políticas que levaram o Brasil a enfrentar esta quadra difícil, deprimente e punitiva”, completou.
A nota encerra pontuando que denúncia teria que ter sido oferecida junto à Justiça Eleitoral, pois se trata de questões referentes a trâmites eleitorais e de doações de campanha.
“A Defesa se reserva o direito de fazer os questionamentos técnicos no processo reiterando a absoluta confiança no Poder Judiciário e lamentando, mais uma vez, a ânsia abusiva de poder por parte do Ministério Público”, concluiu.