Política

Líder do governo pede adiamento para votar indicação para Femarh

Conforme Regimento da Assembleia Legislativa, a discussão é adiada por cinco dias, o que significa que a votação será na próxima terça-feira

O líder do Governo na Assembleia Legislativa do Estado (ALE), deputado Brito Bezerra (PP), pediu adiamento de discussão para a votação da indicação do nome de Rogério Martins Campos para o cargo de diretor-presidente da Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Femarh). A votação constava na ordem do dia da sessão de ontem, quando foi lido o requerimento do governista.
Conforme o presidente da ALE, deputado Jalser Renier (PSDC), este é o último pedido de adiamento de discussão para a votação da indicação de Rogério Campos que o líder do governo pode fazer. Pelo Regimento Interno da Casa, a discussão é adiada por cinco dias, portanto, a votação será realizada na próxima terça-feira, 12.
“O número de pedidos de adiamento de votação realmente foi esgotado. Mas só no caso do Rogério, que foi o mais protelado, tendo em vista a necessidade de os parlamentares entenderem o trabalho feito por ele, diante da complexidade que é a questão ambiental no Estado”, explicou Brito Bezerra.
O deputado pepista se justificou. “Pedimos o adiamento para que pudéssemos apresentar as ações já realizadas pela Femarh, como a liberação para o trabalho da indústria madeireira no Sul do Estado, implementação da fiscalização do corte ilegal, licenciamento da agricultura familiar. Ou seja, ações importantes para o desenvolvimento do Estado, sobretudo no setor produtivo”, disse. “Nós queremos mais tempo para que os parlamentares tenham conhecimento e saibam da importância que tem o Rogério Campos à frente da Femarh”.
A matéria já tinha entrado na ordem do dia em março, mas não chegou a ser discutida. “Há um mês, nós estávamos com problemas no sul do Estado, na agricultura familiar, com o Ministério do meio Ambiente. E, neste mês, nós conseguimos muitos avanços. Assim, vamos repassar estas informações para todos os parlamentares. Acredito que cinco dias é tempo necessário para que todos tenham conhecimento”, afirmou Brito Bezerra.
O líder do governo disse estar otimista quanto à aprovação do nome de Rogério Campos. “Eu espero que o nome dele seja aprovado, tendo em vista o trabalho realizado pela equipe. Rogério é um funcionário de carreira da Femarh, conhece a legislação, os trâmites”, disse.
PEDIDO – O diretor da Femarh, Rogério Martins Campos, que acompanhou a sessão de ontem, pediu que a votação dos deputados fosse técnica e não política. “Há toda uma questão política envolvendo o nosso nome. Nós acreditamos que o nosso trabalho está sendo feito. A Femarh está sendo bem avaliada pela população, pelo setor produtivo”, disse em entrevista à Folha.
“Acredito que essas questões políticas podem ser deixadas de lado para que o setor produtivo continue trabalhando. Uma interrupção agora, com o trabalho iniciado há pouco mais de 100 dias, pode acarretar em algum problema futuro. A gente espera que essas questões políticas sejam deixadas de lado e que a Assembleia reconheça que o trabalho técnico está sendo bem feito e aprovado pelo setor produtivo”, acrescentou.
Campos disse ter conversado com parlamentares, tanto da base de apoio ao governo como do grupo independente. “Todos têm sido muito acessíveis e falam que a Femarh precisa de um técnico como gestor para dar agilidade aos processos. Acredito que, como esse entendimento, o meu nome seja aprovado na Assembleia”, ressaltou.
Servidor concursado da Femarh, ele disse ter o apoio dos demais servidores. “Sou analista ambiental de carreira. Esta é a primeira vez que um servidor da casa está tendo a oportunidade de administrar a fundação. Então, todas as ações que estão sendo realizadas têm o apoio dos servidores. Não adianta colocar uma pessoa estranha, que não tem apoio no cargo. Assim, o entusiasmo dos servidores é bem maior”, afirmou. (V.V)