Política

Luciano Castro diz que prioridades serão infraestrutura e a questão energética

Primeiro entrevistado da série de entrevistas da Rádio Folha, o candidato opinou sobre temas polêmicos em discussão nacional

Candidato ao Senado pelo Partido da República (PR), Luciano Castro disse que, caso eleito, tratará como prioridades questões relacionadas à infraestrutura e aos problemas energéticos enfrentados pelo Estado.
Em entrevista ao programa Agenda da Semana, da Rádio Folha, o candidato pontuou seu posicionamento favorável à construção da Hidrelétrica do Bem-Querer, que, na avaliação dele, é a opção mais viável e de menos impacto ambiental para tirar o Estado da situação de dependência em relação à Venezuela quando o assunto é energia elétrica.
No que diz respeito à infraestrutura, o candidato frisou que as obras de restauração e asfaltamento das rodovias federais são fundamentais para o desenvolvimento do Estado. Ele pontuou que devido ao estreito contato com o Ministério dos Transportes, tem havido forte apoio para Roraima neste setor. Só para a BR-174 foram destinados R$ 550 milhões, dos quais R$ 220 foram executados. Ele lembrou que há, ainda, recursos destinados para sobras nas BRs 401, 432 e trecho norte da BR-174.
Durante a entrevista, conduzida pelo economista Getúlio Cruz, foram levantados alguns temas relevantes que estão em discussão, para os quais foi questionado qual seria o entendimento do candidato enquanto possível senador.
REFORMA POLÍTICA – Castro disse ser esta uma necessidade urgente, mas pontuou que, até o momento, não se chegou a uma proposta unânime. “Para nós, a melhor proposta é que os mais votados sejam eleitos, acabando com a eleição proporcional, pois isso acaba elegendo pessoas que não são as mais votadas”, disse. Ele disse ainda ser favorável ao fim das coligações, à exceção dos cargos executivos.
ABORTO – Sobre as discussões em torno do aborto, ao comentar que esta é uma questão que precisa ser amplamente debatida, Castro se posicionou contrário à proposta da forma como vem sendo colocada. “A concepção da vida é uma concepção de Deus”, disse.
REFORMA TRIBUTÁRIA – O candidato disse ver com bons olhos a possibilidade de se reduzir os impostos, e que uma forma de fazê-lo seria aglomerando-os para que não haja incidência sobre incidência, o que traz muitos ônus ao consumidor.
DROGAS – Questionado sobre a legalização de drogas, até então ilícitas, Castro opinou que a liberação não leva a um controle efetivo sobre a problemática que advém dela. Para ele, a liberação, ainda que sob regras rígidas, geraria um amplo problema de saúde pública, com o qual o País não teria condições de arcar posteriormente.
MAIORIDADE PENAL – O candidato se mostrou favorável à redução da maioridade penal ao ponto em que ela seria uma forma de inibir o recrutamento de menores por facções que se utilizam desta parcela da população em prol do crime.
TERRAS INDÍGENAS – Quanto à emenda que dá ao Congresso a prerrogativa de definir sobre demarcação de terras indígenas, disse entender ser uma proposta bastante razoável. “Em Roraima, não adianta reabrir discussões em torno disso. Mas qualquer ampliação e criação deveriam ser submetidas ao Congresso”, disse.
MINERAÇÃO EM ÁREAS INDÍGENAS – Sobre a proposta de abrir as áreas indígenas para mineração, Castro disse considerar o modelo favorável para o Estado, desde que inclua o pagamento de royalties e que haja a aprovação das comunidades.
ORÇAMENTO OBRIGATÓRIO – Sobre a ideia de “orçamento impositivo”, que tornaria obrigatória a execução de todo o orçamento nos termos em que ele foi aprovado pelo Congresso Nacional, Castro disse não gostar da ideia por entender que isso engessa o Estado. Segundo ele, isso também ficaria inviável porque os municípios não têm projetos de desenvolvimento que indiquem o que precisam.