Política

Lula quer instalar postos de saúde em todas as aldeias yanomami

Ideia seria para evitar com que indígenas precisem deixar as comunidades para ir à capital Boa Vista em busca de atendimento

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prometeu estudar a possibilidade de instalar postos de saúde em cada uma das 200 aldeias da Terra Indígena Yanomami, em Roraima, e distribuir medicamentos gratuitos, para que os indígenas não precisem ir à capital Boa Vista em busca de atendimento. A promessa foi feita durante a Assembleia Geral dos Povos Indígenas do Estado, nesta segunda-feira (13), na Terra Raposa Serra do Sol.

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Em ato contínuo, o xamã e ativista yanomami, Davi Kopenawa, lembrou no evento que a organização não-governamental EDS (Expedicionários da Saúde) se movimenta para instalar um hospital de campanha na região de Surucucu. A iniciativa deve custar em torno de R$ 3 milhões.

O presidente prometeu “investir muito na Saúde” e ainda retirar definitivamente todos os garimpeiros do território indígena, o que na visão do governo federal é a raiz do problema para a crise humanitária. Ele disse que a equipe governamental vai visitar todas as comunidades yanomami.

Lula também prometeu analisar novas demarcações territoriais indígenas – a exemplo de três territórios em Roraima. No entanto, ele e sua equipe deixaram o evento por volta das 13h30 sem explicar à imprensa como será esse processo.

O presidente também prometeu estudar com a equipe interministerial uma espécie de incentivo financeiro para os indígenas que se dedicam à produção agrícola, pediu ao ministro das Comunicações, Paulo Pimenta, a instalação de uma rádio comunitária na Raposa.

Ele ainda prometeu criar o Conselho Nacional dos Povos Indígenas para auxiliar o governo federal na tomada de decisões sobre o público e construir mais institutos federais de ciência e tecnologia e universidades, incluindo em terras indígenas.

Lula ainda prometeu analisar a carta de reivindicações recebida na assembleia geral, entregue simbolicamente por uma criança indígena. “Se a gente não puder atender 100%, poderemos atender 90%, 95% ou até um pouco mais”, disse.

*Por Lucas Luckezie