Em reunião com líderes da Câmara dos Deputados, nesta segunda-feira (26), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu a realização de novas eleições na Venezuela, após o resultado controverso que elegeu Nicolás Maduro.
Durante o encontro, Lula leu a nota conjunta escrita com o presidente colombiano, Gustavo Petro, divulgada no último fim de semana, na qual os dois países pedem, mais uma vez, que as autoridades venezuelanas divulguem as atas de votação, ainda não publicadas quase um mês após o pleito.
Lula também sinalizou que dificilmente reconhecerá a vitória de Maduro. A defesa por um novo pleito na Venezuela tem sido endossada publicamente pelo assessor de política internacional, Celso Amorim.
Participantes da reunião interpretaram a menção de Lula ao tema como um recado para partidos que pressionam por um posicionamento mais enfático do Brasil contra Maduro, especialmente siglas do “centrão”.
No Congresso Nacional, a postura do governo brasileiro de adiar um posicionamento claro tem sido alvo de críticas da oposição.
De acordo com integrantes do Palácio do Planalto, o melhor caminho para Lula seria manter a pressão pela divulgação das atas e por novas eleições até o fim deste ano, deixando para decidir sobre o reconhecimento da vitória de Maduro apenas em janeiro de 2025, quando está prevista a posse do venezuelano.