O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou neste domingo que está disposto a iniciar uma “luta armada continental” caso grupos adversários tentem realizar um golpe de Estado ou paralisar o país.
“A paz acabaria neste continente”, advertiu Maduro em um discurso feito ontem no Supremo Tribunal de Justiça, onde apresentou sua mensagem anual.
Na semana passada, em represália, o presidente acusou a maioria de oposição no Congresso de promover um golpe de Estado na Venezuela e aprovar uma nota declarando o abandono do cargo do mandatário por suposto descumprimento de suas funções institucionais.
Na semana passada, o executivo criou um “comando antigolpe”. Vários opositores foram detidos, acusados de promoverem “ações desestabilizadoras”. A aliança de oposição e a cúpula da Igreja Católica no país rechaçaram as prisões e acusaram o governo de promover uma perseguição aos setores dissidentes.
Maduro também aproveitou o discurso, de quase cinco horas, para criticar a decisão do governo dos Estados Unidos de estender a vigência da ação executiva que declara a Venezuela uma ameaça para a segurança nacional e a política exterior americana.
O venezuelano indicou que a decisão deixa aberta uma “porta perigosa” que poderia ser utilizada para tentar uma “agressão militar” contra seu país.
Com informações da Veja