Mecias quer lista de servidores e que ALE atenda pedido de MPF

Ao confirmar o nome para a disputa à presidência da Assembleia Legislativa do Estado de Roraima (ALE-RR), o deputado estadual Mecias de Jesus (PRB) afirmou que em função da disputa, tem circulado pelos bastidores a informação de que a folha de pagamento da Casa Legislativa teria R$ 1,3 milhão em funcionários mantidos por ele. Diante disto, o parlamentar desafiou a Casa a tornar pública a lista com todos os servidores, com a respectiva indicação, lotação e frequência.
Em entrevista ao programa Agenda da Semana, da Rádio Folha 1020, o parlamentar disse que a transparência, além de dirimir as dúvidas suscitadas por este suposto boato, atenderia a um pedido do MPF (Ministério Público Federal) que requereu as referidas informações, mas até o momento não foi atendido. “Se não quiserem apresentar todos, apresente pelo menos a lista dos servidores indicados por mim, pelo presidente da Casa, Chico Guerra, e pelo 1º secretário, deputado Jalser Renier, que é um dos postulantes à presidência da ALE-RR. Quando saí [da presidência da assembleia] a folha de pagamento custava R$ 3 milhões e hoje triplicou. Por isso estamos fazendo este apelo para que a mesa diretora tenha coragem de divulgar isso a toda a população e acabe com esse jogo leviano”, desafiou.
O deputado questionou o fato de que, ainda que fosse verídica a informação sobre a quantidade de servidores mantidos sob a indicação dele, por que a presidência da Casa não tomou uma atitude a respeito e o porquê de ter negligenciado o pedido do MPF-RR. “O MPF mandou pedir uma lista nominal com os servidores indicados pelos deputados, e não sei por que não foi encaminhado. Se a Casa chamasse a imprensa e tornasse públicas as indicações de todo mundo, tanto as contratações dos gabinetes e da Casa, com lista de servidores e folha de frequência, não haveria margem para criarem subterfúgios”, acrescentou.
Mecias de Jesus frisou que antes de cobrar transparência do governo, o exemplo deve partir do próprio Legislativo. “Com orçamento de R$ 166 milhões, a Assembleia ainda vai deixar mais de R$ 20 milhões de dívidas para o próximo presidente, sem pagar salários do mês de dezembro. No meu último ano como presidente, terminamos o ano com despesas de R$ 104 milhões e hoje terminamos com quase o dobro sem salários pagos”, criticou.