Mesa Diretora é reconduzida para novo mandato até 2020

A Câmara Municipal de Boa Vista (CMBV) promoveu a primeira sessão solene do ano na tarde de ontem, 1º, para realizar uma nova eleição da Mesa Diretora no mandato até 2020. O atual presidente, Mauricélio Fernandes (MDB), foi reconduzido ao cargo após vencer a votação contra o vereador Professor Linoberg Almeida (Rede) por 17 a 3.

A disputa tomou formas somente na tarde de ontem com a candidatura avulsa de Linoberg ao cargo de presidente, anunciada algumas horas antes pelas redes sociais do vereador. No entanto, somente o professor e os vereadores Renato Queiroz (MDB) e Aline Rezende (PRTB) votaram na proposta opositora.

Em seguida, houve a votação dos demais membros da mesa, em chapa única, com resultado semelhante. A chapa reconduzida é composta por Júlio Cézar Medeiros (Podemos), no cargo de vice-presidente; Rondinele Tambasa (Podemos), como vice-presidente; Rômulo Amorim (PTC), primeiro secretário; José Francisco Albuquerque (PC do B), segundo secretário; e Genilson Costa (Solidariedade), terceiro secretário.

Durante a sua declaração de voto, a vereadora Dra. Magnólia (PRB) registrou insatisfação pela falta de uma representante feminina na chapa vencedora, apesar de ter dado voto favorável.

NOVA GESTÃO – O presidente reconduzido, Mauricélio Fernandes, declarou que a nova votação foi favorável por servir para tornar a Casa mais unida e mais isonômica. “A eleição, há dois anos, deixou ruídos, mágoas por parte de alguns parlamentares. Agora, tivemos a oportunidade de fazer uma campanha pela união da Casa em prol da população, que é o mais importante”.

O presidente ressaltou ainda que a Mesa Diretora irá continuar trabalhando pela população da capital, mantendo os projetos sociais e de maior proximidade com os eleitores, como as sessões itinerantes.

Concorrente na disputa, o vereador Linoberg Almeida afirmou que sua candidatura foi validada pela insatisfação da população com a Câmara Municipal. “Fui candidato a vereador por sentir isso há dois anos. Agora, era uma oportunidade grande de sinalizar para a sociedade que poderíamos fazer um mandato melhor. Infelizmente, a maioria preferiu repetir a dose do que já está posto”.

ENTENDA O CASO – O processo de uma nova eleição foi necessário por determinação da Justiça, em razão de uma ação protocolada pelo vereador Renato Queiroz no fim do ano passado. O pedido era que a recondução automática da Mesa Diretora, aprovada no início de 2017, fosse anulada sob a alegação de “manobra política” e descumprimento do Regimento Interno da Casa.

Apesar de o resultado ter sido mantido, o vereador autor da ação ressaltou que ele foi satisfatório. “Acredito que todo resultado oriundo de um processo eleitoral transparente é satisfatório, mas a maior avaliação [do resultado] tem que ser feita pela população”, frisou Queiroz. (P.C.)