O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, chegou ao Estado para sua primeira visita às cidades de Boa Vista e Pacaraima para averiguar a crise migratória. Na ocasião, o ministro fez uma avaliação dos índices de criminalidade no país e no estado e afirmou que a migração venezuelana não influenciou no número de crimes.
A informação foi repassada em coletiva de imprensa realizada na tarde de quinta-feira, 13, na sede da Polícia Federal em Roraima (PF-RR). Segundo Moro, depois de sua visita ao Estado, foi possível constatar que as informações que chegam a Brasília são consistentes.
Moro lembrou, por exemplo, que no ano passado, no primeiro ano de gestão do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), houve uma queda no país inteiro dos principais indicadores criminais.
“Em Roraima não ficou diferente. A criminalidade violenta caiu, a taxa de homicídios, feminicídios, bem como de roubos, também caiu. Embora o fluxo migratório gere uma situação de sensação de insegurança, isso não tem refletido nos indicadores. Pelo menos não nos crimes mais violentos”, avaliou Moro.
O ministro da Justiça ressaltou ainda que já estava com uma viagem marcada para Roraima e acabou ocorrendo a coincidência da vinda do vice-presidente, General Hamilton Mourão, que o fez fazer um ajuste nos planos para acompanhá-lo.
Citou ainda que além de participar do 1º Congresso Estadual do Ministério Público em Roraima, também tinha como objetivo a visita à Operação Acolhida.
“Infelizmente, como é um fluxo migratório significativo, é natural que gere alguns problemas, principalmente aqui para Roraima, que é um estado de fronteira, e o Governo Federal está trabalhando para tentar melhorar esses problemas da melhor forma possível. Mas não podemos deixar de reconhecer que a Operação Acolhida é um sucesso e que boa parte desse sucesso se deve ao espírito generoso da população de Roraima”, afirmou Moro.
O ministro também ressaltou a necessidade de intensificar o processo de interiorização da população que veio da Venezuela e adotar medidas compensatórias ao Estado e municípios, que foram impactados com a migração.
“A minha impressão da Operação Acolhida é positiva. Sem deixar de considerar as consequências desse fluxo migratório, como é natural. Isso aconteceria em qualquer lugar do país. É natural que ocorra alguma espécie de incômodo”, completou.
Por fim, o ministro informou que há uma série de medidas em estudo, inclusive o incremento da presença da Força Nacional naquela região, mas que elas devem ser anunciadas no momento em que a questão estiver propriamente definida.
Sobre a vinda de recursos, o ministro afirmou que a o incremento das medidas compensatórias devem ser destinadas ao Estado e municípios, não à Operação Acolhida, mas também não definiu de que forma estas medidas compensatórias deverão ser repassadas aos gestores. (P.C.)