Durante visita à Área de Proteção e Cuidados (APC), o ministro da Defesa, general Fernando de Azevedo Silva, informou que a visita ao Estado teve o objetivo de dar prosseguimento à três operações, em especial, de combate ao covid-19 nas terras indígenas. Para Azevedo, a doença está controlada nas comunidades.
Sobre a reclamação das lideranças indígenas de que o garimpo é um dos causadores do aumento de casos de covid-19, o ministro afirmou que não há registro de tantos casos de coronavírus na região.
Azevedo ressaltou que as equipes do Ministério da Defesa levaram atendimento médico e insumos às comunidades do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Yanomami, nas áreas de fronteira do país.
“Cheguei de lá agora. Tivemos uma operação com várias etnias. Nós não tivemos nenhum caso e o relato de aldeias mais longínquas é somente dois casos. Então, não é um caso de uma pandemia que está atingindo os índios”, declarou.
O ministro reforçou ainda que as Forças Armadas estão apoiando a Polícia Federal na investigação dos dois indígenas mortos durante conflito com garimpeiros na região. “O pelotão de fronteira de Surucucu deu todo o apoio para os membros da PF irem até o local. Está em curso ainda a investigação, mas é de responsabilidade da Polícia Federal. Nós estamos presente na área, estamos na faixa de fronteira, atuando no combate ao ilícitos. Ao todo temos 35 mil militares trabalhando ao mesmo tempo, no país inteiro”, reforçou.
Durante sua visita ao Estado, o ministro também realizou visita à APC e conversou com pacientes prestes a receberem alta hospitalar e seus familiares. “Estive acompanhando a assistência que as Forças Armadas e outras agências estão prestando aos indígenas. Também vim ver uma parte da Operação Acolhida, que está realizando a sua parte no combate ao covid. As Forças Armadas tem contribuído. É uma sensação feliz, apesar de tudo”, completou. (P.C.)
Ministro da Defesa conversa com familiares e pacientes liberados após alta hospitalar (Foto: Nilzete Franco / FolhaBV)