Política

Moradores cobram a retomada de obra de posto de saúde paralisada

Com prazo de entrega estimado para 150 dias, o posto de saúde do bairro Aeroporto, zona Norte, localizado na Rua Francisco Cândido, seria o fim dos problemas para muitas pessoas que lá residem. No entanto, desde agosto do ano passado, os trabalhos foram interrompidos, o que tem deixado os moradores ainda mais apreensivos.

Residindo no bairro desde 1993, o aposentado Evilson Borges, 43 anos, disse que a implantação de um posto de saúde sempre foi uma necessidade antiga e que a construção da unidade foi bastante festejada pelos moradores. “Para ter acesso aos serviços básicos, muitos acabam recorrendo a bairros vizinhos. E a construção desse posto seria um alívio para todos, mas as obras estão paradas e a gente não entende o porquê disso”, comentou.

Estimada em R$ 339.243,34, a obra tem como agentes participantes a Prefeitura de Boa Vista e o Ministério da Saúde (MS), com recursos provenientes da segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC2), do Governo Federal. Segundo a administração municipal, os trabalhos de construção do posto de saúde pararam devido a atrasos no repasse de verbas por parte do ministério.

Com a construção parada, cresce também o temor da proliferação de doenças, já que o local está tomado por mato. “Uma obra dessas é um perigo, pois não tem ninguém presente. Já teve, inclusive, gente usando o local para se drogar. Além disso, tem o risco de contrair doença, como o zika vírus, pois tem muito mato e lixo por lá”, relatou a dona de casa, Onete Santos, 45 anos.

Por meio de nota, a Prefeitura ressaltou que a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) está ciente do problema e que tem cobrado uma resposta do ministério. A previsão é de que, assim que a verba for repassada, os trabalhos sejam retomados.

Enquanto isso, os moradores terão que esperar mais tempo para usufruir os serviços da nova unidade. “Nós já entramos em contato com a Prefeitura sobre isso, mas nunca deram uma resposta para a gente.

Infelizmente, a gente só tem a lamentar, já que, se alguém adoece, tem que ir para outra localidade, uma vez que não tem o serviço disponível no bairro”, disse a funcionária pública Antônia Pereira, 42 anos. (M.L)