Política

MP recomenda que faculdades e órgãos públicos não façam atos eleitorais

Condutas irregulares deverão ser comunicadas ao MPE-RR

O Ministério Público Eleitoral (MPE), por meio da Procuradoria Regional Eleitoral em Roraima (PRE-RR), recomendou na última semana aos dirigentes de órgãos públicos e de faculdades particulares para que não pratiquem ou permitam atos de campanha eleitoral dentro das instalações das entidades que representam.

De acordo com a PRE-RR, os representantes legais das instituições recomendadas devem adotar medidas a fim de coibir o uso das instalações públicas e de faculdades para atos de campanha eleitoral, ainda que os candidatos sejam servidores, professores, estudantes ou prestadores de serviços ligados ao órgão público ou estabelecimento de ensino.

Recomendou-se também que os dirigentes não autorizem a realização de qualquer ato similar, de natureza coletiva, a favor de candidatos.

A PRE-RR pede ainda que seja dada ampla divulgação ao conteúdo das recomendações a todos os servidores, funcionários, estudantes, visitantes e prestadores de serviços, para que adotem as medidas necessárias ao fiel cumprimento da legislação eleitoral vigente, sob pena de responsabilização conjunta.

Em caso de descumprimento das recomendações, a Lei nº 9.504/97 (Lei das Eleições) prevê aplicação de multas, que podem variar entre R$ 2 mil a R$ 106.410 mil, além da cassação do registro ou do diploma do candidato beneficiado, a depender da situação.

O procurador Regional Eleitoral em Roraima, Miguel de Almeida Lima, afirma que as recomendações têm o objetivo de conscientizar sobre as regras de propaganda eleitoral e garantir a igualdade de oportunidades entre candidatos.

“A intenção é ampliar a parceria com órgãos públicos, empresas e a sociedade para a intensificação das fiscalizações de propagandas eleitorais irregulares”, destaca.

As condutas irregulares devem ser comunicadas ao Ministério Público Eleitoral, que adotará as medidas cabíveis para apuração dos fatos e punição dos envolvidos.