Política

MPF abre inquérito civil e pede informações de CPI

Ministério Público Federal vai investigar as transferências de R$ 3.5 milhões do Fundo Penitenciário Estadual

O Ministério Público Federal (MPF) em Roraima instaurou inquérito civil para apurar transferências de valores depositados na conta do Fundo Penitenciário Estadual nos meses de fevereiro e março deste ano. A irregularidade dos pagamentos foi apontada pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Sistema Prisional durante oitivas realizadas na Casa Legislativa. A investigação corre em segredo de Justiça, segundo o MPF.

A procuradoria pediu da CPI a relação dos nomes e qualificações das pessoas ouvidas durante a investigação parlamentar. As informações foram solicitadas ontem, 10, pela procuradoria que instaurou o inquérito.

O ex-coordenador de recursos do fundo confirmou na terça-feira, 9, em oitiva realizada pela CPI, ter realizado o pagamento de R$ 3,5 milhões a duas empresas sem a formalização do processo e nota fiscal. Ele afirmou ainda em depoimento que realizou o pagamento a mando do gestor do fundo à época, que já é falecido.

O relator da Comissão, deputado estadual Jorge Everton (PMDB), disse que o inquérito instaurado pelo MPF é resultado do trabalho minucioso que a CPI tem realizado nos últimos meses.