Política

Municípios de Bonfim, Caracaraí e Rorainópolis devem ganhar aeroportos

Cidades estão inclusas em projeto do Governo Federal que tem como objetivo democratizar o acesso ao transporte aéreo e reduzir o custo das viagens no interior do País

Incluídos no Programa de Aviação Regional, da Secretaria de Aviação Civil, os municípios de Bonfim, Caracaraí e Rorainópolis devem ganhar a construção de aeroportos. A informação, noticiada pela Folha em fevereiro foi confirmada pelo diretor do Departamento de Política de Serviços Aéreos, da Secretaria de Aviação Civil, Ricardo Chaves de Melo Rocha, anunciada na manhã desta quinta-feira, 20, no Parlamento Amazônico, evento realizado na Assembleia Legislativa de Roraima.

Segundo ele, está previsto a reforma ou construção de 80 aeroportos na Amazônia e a construção ou reforma de 270 aeroportos em todo o Brasil.

“O Programa de Aviação Civil se iniciará pela Amazônia, em virtude das longas distâncias percorridas de um município para outro, pretendendo deixar 96% da população a pelo menos 100 km de um terminal”, disse o diretor. A proposta do Governo Federal é democratizar o acesso ao transporte aéreo e reduzir o custo das viagens no interior do País.

Sobre a escassez de voos na Amazônia Legal, o diretor afirmou que algumas questões influenciam a pouca quantidade de voos na Amazônia Legal, como o problema de infraestrutura aeroportuária que, segundo ele, é uma característica que se agravou nos últimos anos.

“Mas a Secretaria de Aviação Civil apresentou um plano de investimentos, um fundo nacional de aviação civil que tem um valor significativo”, frisou.

Segundo ele, é necessário ter aeroportos administrados pelos estados, pra que esses recebam investimentos e operem de forma adequada. Quanto à questão de investimentos, o diretor disse que tem uma característica de maturação, principalmente quando se vai investir em uma estrutura como aeroporto.

“É preciso um planejamento, que demora. O que temos hoje são projetos de 28 aeroportos na Amazônia Legal, que estão na fase de anteprojeto. Ou seja, é a última fase antes dos investimentos propriamente ditos”, afirmou.

Quanto a demanda por voos em Roraima, o diretor explicou que as empresas aéreas costumam operar com mais aeronaves em localidades onde haja possibilidade de lucros.

“Temos um problema na questão de custos, a competitividade do setor, e isso temos que atacar, pois envolve a questão do preço de combustíveis, que corresponde a mais ou menos 40% dos custos de operação das empresas. Tem ainda a questão de tributos incidentes sobre esse combustível, como o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), e seria papel do Estado tentar ter uma alíquota reduzida de modo a incentivar esses voos. Se não temos voos e reduzimos a alíquota, pelo menos existe a possibilidade desses voos acontecerem”, destacou Chaves.

Com informações da Supcom ALE-RR